[Resenha] Os Dois Morrem no Final

12 de outubro de 2021

 

Título: Os Dois Morrem no Final
Autor: Adam Silveira
Editora: Intrínseca
Páginas: 416
Ano: 2021
*Cortesia da editora
Sinopse: No dia 5 de setembro, pouco depois da meia-noite, Mateo Torrez e Rufus Emeterio recebem uma ligação da Central da Morte. A notícia é devastadora: eles vão morrer naquele mesmo dia.

Os dois não se conhecem, mas, por motivos diferentes, estão à procura de um amigo com quem compartilhar os últimos momentos, uma conexão verdadeira que ajude a diminuir um pouco a angústia e a solidão que sentem. Por sorte, existe um aplicativo para isso, e é graças a ele que Rufus e Mateo vão se encontrar para uma última grande aventura: viver uma vida inteira em um único dia.

Uma história sensível e emocionante, Os Dois Morrem no Final nos lembra o que significa estar vivo. Com seu olhar único, Adam Silvera mostra que cada segundo importa, e mesmo que não haja vida sem morte, nem amor sem perda, tudo pode mudar em 24 horas.
Resenha
Em um mundo onde é possível saber antecipadamente o dia que vai morrer, as pessoas reagem de maneiras completamente diferentes à notícia da morte iminente. Enquanto algumas tentam aproveitar ao máximo aquele dia, outras não aceitam, uns se afastam de todos, outros querem a companhia das pessoas que mais amam, há quem organize o próprio funeral ou quem planeje tudo para quando não estiver mais presente. Mas o que é comum a todos é a curiosidade, como morrerão exatamente? Como a Central da Morte tem essas informações?

Mateo é um jovem de apenas dezoito anos que mora com o pai em um pequeno apartamento, seu pai está internado na UTI, então ele tem passado os seus dias sozinho, indo e vindo da escola sem alterar seu caminho. Quando recebe a ligação da Central da Morte, fica desesperado. Em todos os seus anos de vida ele nunca aproveitou um dia sequer para viver uma grande aventura, nunca se entregou de corpo e alma a uma paixão, só tem uma amiga e ninguém com quem dividir seus últimos momentos de vida porque não quer viver seu último dia vendo a desolação no rosto dela.
Rufus é um jovem de dezessete anos que perdeu a família toda recentemente, então está morando com uma família adotiva por enquanto, ele  tem amigos, é popular, tinha uma namorada e muitos planos para o futuro, mas não poderá realizar nenhum deles porque recebeu a ligação da Central da Morte. No exato momento em que seu celular tocou, ele estava brigando com o atual namorado da sua ex-namorada, a briga foi tão feia que se não fosse pela ligação ele teria matado o rapaz.

Mateo e Rufus não se conhecem e não têm nada em comum a não ser o fato de que vão morrer. Mateo quer aproveitar seus momentos finais para fazer coisas que jamais teve coragem, ele quer se aventurar, quer curtir e poder dizer que teve coragem, o problema é que o medo de sair do apartamento é enorme, qualquer coisa vai poder matá-lo. Como não tem ninguém, ele baixa um APP chama Último Amigo na esperança de encontrar alguém com quem possa conversar ou até mesmo se encontrar. As primeiras tentativas foram frustrantes, mas então ele contra alguém e não poderia ter sido melhor.
Rufus não quer que seus amigos ou a família adotiva com quem está morando corram riscos se ficarem ao seu lado, nenhum deles recebeu  ligação da Central da Morte, então não vão morrer nesse dia, mas podem se ferir gravemente ou mesmo morrem em decorrência de algum acidente relacionado à morte dele alguns dias depois. Então ele quer sair de perto deles e ficar sozinho. Ele estava no meio de seu funeral quando precisou sair às pressas e fugir, não teve tempo de se despedir devidamente e o que mais queria era alguém para lhe fazer companhia. Então Rufus também baixa o App e conhece Mateo.

Dois jovens prestes a morrerem que se conhecem através do aplicativo, eles já não têm mais nada a perder, suas vidas estão por um fio, então marcam de se encontrarem para serem o último amigo um do outro. Mesmo com suas diferenças eles se apoiam um no outro, aprendem coisas um com o outro e desejam terem se conhecido antes, para que pudessem ter tido mais tempo juntos. Eles passam o dia da melhor maneira possível e cada segundo a mais é uma conquista, mas também é um lembrete de que o dia está acabando e logo eles estarão mortos. Eles se permitem viver intensamente pelo tempo que lhes resta, se deixam levar e aproveitam ao máximo até quando podem.
Minha impressão
Quando comecei a leitura eu estava bem tensa em relação ao que aconteceria, por mais que o título avise, eu não estava preparada e o final foi bem doloroso. Eu sabia que não tinha como ser diferente, mas passei toda a leitura desejando que fosse! A mensagem que Adam Silveira nos traz com seu livro não poderia ser mais clara, a vida é uma dádiva e temos que aproveitá-la enquanto ainda tempos tempo.

Imagine um mundo onde seria possível saber o dia que você vai morrer, mas não saber a maneira como a morte se dará. Nesse mundo, existe uma Central da Morte, onde os profissionais ligam para as pessoas que vão morrer dentro das próximas 24hs. Ninguém sabe como a Central da Morte tem essas informações e existem muitas teorias, mas a verdade é um mistério. Mateo e Rufus, com dezoito e dezessete anos respectivamente, recebem a ligação e ficam desesperados. São ainda tão novos, tinham tanto o que viver.

Eles ainda não se conheciam quando receberam a ligação, mas os dois estavam sozinhos e sem terem com quem passar seus últimos momentos, então baixaram um APP que permite que as pessoas que estão para morrer tenham alguém para conversar e estar ao seu lado, o Último Amigo. Mateo e Rufus se conhecem e se encontram, eles vão viver intensamente esses momentos finais e ficam com medo de quem vai morrer primeiro. Em tão pouco tempo a conexão entre eles foi tão forte que é como se já fossem amigos a vida inteira.

Uma história emocionante que vai fazer o leitor se envolver com os personagens e que, também, trará momentos de reflexão. Mas esteja preparado para o final! 


Minha nota para o livro


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