[Resenha] O Clube do Crime das Quintas-feiras

13 de outubro de 2021

 

Título: O Clube do Crime das Quintas-Feiras
Autor: Richard Osman
Editora: Intrínseca
Páginas: 400
Ano: 2021
*Cortesia da editora
Sinopse: Fenômeno editorial que o mundo não via desde o lançamento de Harry Potter, O Clube do Crime das Quintas-Feiras é um exemplo concreto de como uma história de mistério e assassinato pode ser extremamente engraçada.
Toda quinta, em um retiro para aposentados no sudeste da Inglaterra, quatro idosos se reúnem para ― segundo consta na agenda da sala de reunião ― discutir ópera japonesa. Mas não é bem isso que acontece ali dentro. Elizabeth, Ibrahim, Joyce e Ron usam o horário para debater casos policiais antigos sem solução, confiantes de que podem trazer justiça às vítimas e encontrar os responsáveis por algumas daquelas atrocidades do passado.
Com todos os integrantes acima dos setenta anos, o Clube do Crime das Quintas-Feiras não é a equipe de detetives mais convencional em que se conseguiria pensar, mas com certeza está mais do que acostumada a fortes emoções. Afinal, Joyce foi enfermeira por décadas, Ibrahim ajudou pacientes psiquiátricos em situações dificílimas, Ron era um reconhecido líder sindical e Elizabeth... bom, digamos que assassinatos e redes de contatos sigilosas não eram nenhuma novidade para ela.
Quando um empreiteiro local com projetos bastante questionáveis na cidade aparece morto, o grupo tem a oportunidade de seguir as pistas de um caso atual. Apostando em seus semblantes inocentes e habilidades investigativas estranhamente eficazes ― além de trocas de favores clandestinas com a polícia, que, apesar de todos os esforços, parece estar sempre um passo atrás de seus colegas amadores ―, os quatro amigos embarcam em uma aventura na qual as mortes do presente se entrelaçam com antigos segredos, e em que saber demais pode trazer consequências perigosas.

Resenha
Em um retiro para aposentados, ninguém imaginaria que houvesse um clube do crime formado exclusivamente por idosos. Mais precisamente, às quintas-feiras, quatro amigos (bom, eles não se denominam exatamente como amigos, mas são capazes de fazer tudo um pelo outro e são extremamente fieis a essa improvável amizade) que já passaram dos setenta anos se reúnem para estudar casos antigos que não tiveram solução ou que eles acreditem que o fechamento dado pela polícia não foi o certo.

O grupo é composto por idosos do retiro que são totalmente diferentes uns dos outros, em comum está apenas o anseio por investigar. Joyce, a integrante mais recente, se juntou a eles após Penny ter de sair de cena definitivamente porque está em coma, seu estado de saúde foi se agravando gradativamente e ela já não pode mais contribuir com as investigações da turma. Joyce é uma antiga enfermeira e foi recrutada por Elizabeth quando esta precisou de ajuda com um caso de assassinato por esfaqueamento. Ibrahim e Ron completam esse quarteto.
Quem olha de fora não seria capaz de supor que velhinhos tão inocentes fizessem parte de um clube do crime, mas eles usam a idade em benefício próprio e passam acima de qualquer suspeita. O clube vai ter a oportunidade de investigar um caso real e ainda poder colaborar com a polícia, ainda que os policiais fiquem um tanto quanto relutantes, acham inadmissível que um grupo de idosos intrometidos tenha mais informações do que eles.

Dois assassinatos acontecem de maneiras completamente inesperadas. O primeiro, um empreiteiro local que não era bem quisto por muita gente e ao longo dos anos acumulou uma imensa lista de inimigo; o segundo, um homem em que muitas pessoas poderiam querer ver morto, ainda mais devido à sua mais nova conquista empresarial. Os dois assassinatos podem ou não ter alguma relação, e as linhas investigativas que a polícia segue levam os policiais a acreditarem que os dois homens foram mortos por pessoas diferentes.
Os quatro amigos começam a investigar e seguir as pistas e eles acabam, de alguma maneira, sempre chegando à frente da polícia, o que não deixa os policiais nada felizes, mas como precisam da ajuda dos idosos eles acabam aceitando uma  espécie de troca de favores. Mas o clube do crime não segue exatamente com o acordo, eles decidem contar à polícia somente aquilo que acreditam que a polícia deva saber, eles guardam informações e vão se aproximando cada vez mais da verdade.

E as coisas começam a se complicar quando a investigação os leva a crimes antigos! O cemitério local está para ser mudado de lugar e isso gerou grandes desentendimentos, o padre está decidido a impedir que isso aconteça e, assim como ele, alguns outros personagens têm o mesmo desejo de deixar o cemitério exatamente onde ele está. Mas, afinal, o que os túmulos têm de tão especial? O que estará escondido dentro dos caixões? Os assassinatos que o clube do crime e a polícia estão investigando têm alguma relação com os segredos do cemitério? Só lendo para descobrir!
Minha impressão
Que leitura mais viciante, gente! Eu comecei a ler O Clube do Crime das Quintas-Feiras e não conseguia mais parar, fui ficando cada vez mais envolvida com a trama e cada vez mais curiosa para saber onde tudo isso ia dar. A escrita do autor é muito fluída, as páginas se passam que a gente nem percebe e quando nos damos conta já estamos chegando ao final. Quem gosta de tramas policiais, eis aqui uma obra excelente! E quem ainda não leu nada do gênero, recomendo dar uma chance.

Eu adorei acompanhar esse grupo de velhinhos irônicos, curiosos e engraçados! Em vários momentos da leitura eu dei risadas com o que eles aprontavam. E isso é uma das coisas mais legais do livro, enquanto estamos no meio de investigações de assassinatos e momentos tensos, o autor consegue quebrar a tensão e nos divertir trazendo as peripécias dessa turma!

O clube do crime das quintas-feiras nada mais é que um grupo composto por quatro idosos de um retiro que se reúnem para investigar casos antigos. Só que agora eles vão ter a oportunidade de investigar um caso real. Por mais que a polícia não queira, acaba tendo que aceitar que o clube ajuda nas investigações e quanto mais eles se aproximam da verdade, mais fica claro que de bobos esses velhinhos não têm nada. Em dado momento da investigação, todos são suspeitos. Em quem confiar? Qual deles poderia ter se envolvido com um (ou mais?) assassinato? Será que podem confiar uns nos outros?

Gostei muito, também, de ver o diário da Joyce, ela nos conta a história por outros ângulos e é a minha personagem preferida.  


Minha nota para o livro

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