[Resenha] Não Há Segunda Chance

Título: Não Há Segunda Chance
Autor: Harlan Coben
Editora: Arqueiro
Páginas: 336
Ano: 2020
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*Cortesia da editora

Sinopse: Após ser gravemente ferido numa invasão à sua casa, o Dr. Marc Seidman desperta de um coma de quase duas semanas e descobre que sua vida foi destruída. A esposa foi assassinada. A filha, Tara, de 6 meses, desapareceu.
Depois de tanto tempo, parece impossível descobrir onde a bebê está, mas de repente Marc tem um alento ao receber um pedido de resgate. Só que o bilhete faz uma clara advertência: se ele falar com a polícia, nunca mais verá a filha. Não haverá segunda chance.
Sem ter a quem recorrer, Marc fica dividido entre a agonia e a esperança. E quando os investigadores passam a considerá-lo o principal suspeito dos crimes, ele precisa se lançar numa busca desesperada pela verdade não apenas para recuperar Tara, mas também para salvar a própria vida.

Resenha

Marc Seidman estava em casa quando foi surpreendido, levou dois tiros e ficou em coma no hospital por quinze dias. Naquela noite, sua esposa foi assassinada e a sua filha de seis meses, sequestrada. A polícia ainda não tem informações precisas, tudo relacionado ao caso é muito vago, a maior preocupação agora é encontrar Tara. Quando Marc desperta do coma recebe a notícia da morte da esposa e do sequestro da filha, ele fica desesperado, precisa descobrir o paradeiro de Tara.

Não houve um pedido de resgate, não tinham pistas que pudessem dar algum indício de quem seriam os culpados ou onde Tara poderia estar. A polícia trabalha com a hipótese de que seria apenas um assalto que acabou dando errado e os bandidos levaram a criança. Mas existe outra linha de investigação em andamento, a de que Marc tenha forjado tudo isso. Ele é um dos suspeitos. A polícia local está agindo em parceria com o FBI para tentar solucionar esse caso.

E depois de tantos dias em silêncio, os sequestradores decidem entrar em contato. Eles enviam uma carta ao avô de Tara (sogro de Marc) pedindo dois milhões de dólares para devolverem a menina. A carta é muito específica, Marc deverá ser o responsável pela entrega do dinheiro, os bandidos mandaram um celular que não pode ser rastreado e marcaram um horário e um ponto de encontro. A exigência é que eles não entrem em contato com a polícia ou nunca mais verão Tara. Não há segunda chance.

Os sequestradores disseram que têm um informante que saberá cada passo que Marc der, se a polícia estiver envolvida eles vão desaparecer com a Tara. Sem ter em quem confiar, Marc começa uma corrida contra o tempo. Mas alguém de seu passado ressurge e ele vê a oportunidade de pedir ajuda. Rachel é uma ex-agente do FBI e também é a sua ex-namorada, ela acabou de perder o marido de forma trágica e foi forçada a pedir demissão. Ninguém sabe ao certo o que aconteceu com o marido dela, mas muitos desconfiaram de que ela tenha atirado nele. O caso foi fechado como acidente e nem todos acreditaram nessa versão.

Nessa jornada para tentar encontrar a filha, Marc se depara com alguns segredos de sua esposa e o cenário que começa a se formar é assustador. Ele tem que descobrir a verdade, tem que encontrar Tara e se livrar da polícia que o tem como suspeito. Rachel é a única que pode ajudá-lo, mas quando o FBI percebe o envolvimento dela as coisas começam a piorar, eles acreditam que Marc e Rachel planejaram matar a esposa dele, mas onde estaria Tara?

E o tempo continua passando, cada segundo perdido pode ser o fim de Tara. Os sequestradores não podem ficar com ela para sempre, pretendem matá-la? Marc vai fazer qualquer coisa para recuperar a sua filha, só torce para que não seja tarde demais.

Minha impressão

“Não há segunda chance” é um livro policial que traz uma cadeia de segredos que vão sendo desvendados ao longo da trama e por mais que o leitor consiga descobrir alguns, jamais descobrirá o maior deles. O doutor Marc Seidman levou dois tiros, sua esposa foi assassinada e sequestraram a sua filha de seis meses, o silêncio dos sequestradores intriga a polícia e o FBI e quando eles finalmente entrem em contato com Marc para pedir um resgate a exigência é para ele não contar à polícia ou nunca mais verá a filha. Não haverá segunda chance.

O caso tem alguns furos e a polícia não tem pistas suficientes, eles seguem algumas linhas investigativas. Uma delas é que poderia ter sido um simples assalto que deu errado, um viciado poderia ter ficado nervoso e atirado, então levaram a criança para pedir um resgate; a segunda hipótese é que Macr tenha forjado tudo, mas eles não sabem o que possa ter acontecido com a criança e pressionam Marc.

O começo do livro foi um pouco difícil de me envolver, eu achei a polícia bem ingênua. Marc ficou em coma por alguns dias e a polícia diz que demorou a perceber que uma criança havia desaparecido, achei isso difícil de acreditar, em uma casa cercada com roupas e brinquedos de criança como eles não perceberam que não tinha uma lá? E a família, por que ninguém deu falta da menina? A polícia perdeu muito tempo para começar a investigar o sequestro e a maneira como conduziram o caso foi amadora, deixando passar detalhes importantes.

Mas depois que Marc recebe o pedido de resgate as coisas ficaram bem mais interessantes e eu não conseguia parar de ler. Como sempre, a escrita do Harlan Coben é muito fluída e a cada instante nós temos revelações bombásticas. O final do livro me deixou realmente muito surpresa, temos uma situação que nos faz pensar o que faríamos se estivéssemos no lugar dos personagens. Faríamos as coisas de acordo com a lei ou faríamos justiça por conta própria para proteger a nossa família? Mesmo tendo demorado em me envolver com a trama eu gostei muito da leitura e mais uma vez o autor não me decepcionou.

Minha nota para o livro