Imagine uma sala de aula repleta
de criancinhas bem pequenas, todas ansiosas na fila para chegar a um lugar
determinado, conduzidos pela professora. Que lugar você imagina que seria esse?
Um parque? O playground? Não. É a biblioteca da escola. Eles vão animados e
felizes para a aula de leitura, realizada às vezes pela professora, às vezes
pelos próprios amiguinhos ou até individualmente.
Essa é a realidade de muitas
escolas hoje, públicas ou particulares. E como resultado, vemos despontar números
otimistas como o aumento de leitores no país. Pesquisa bem recente indica que
esse número subiu 6 pontos percentuais (De
acordo com a 4ª edição da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, realizada
pelo Ibope sob encomenda do Instituto Pró-Livro.)
Conforme os anos passam e essas crianças crescem, a procura por livros diminui um pouco, assim como seu desempenho escolar na disciplina de Língua Portuguesa e outras da área de ciências humanas.
Conforme os anos passam e essas crianças crescem, a procura por livros diminui um pouco, assim como seu desempenho escolar na disciplina de Língua Portuguesa e outras da área de ciências humanas.
Mas a essa altura, o prazer de se
encontrar com o livro e começar a leitura daquelas histórias fascinastes já
realizou sua magia e conquistou um vasto número de estudantes leitores. Com um
bom direcionamento, lê-se de tudo: poesias, textos informativos, narrativas de
aventura e ficção, paradidáticos, clássicos e principalmente Best Sellers.
É incrível observar como a prática de leitura repercute na produção de texto de cada um. Forma-se uma linha divisória entre aqueles estudantes que, por inúmeros motivos, perderam o interesse pela leitura e aqueles que são assíduos frequentadores da biblioteca escolar ou mesmo aqueles que desembolsam parte da mesada ou do salário, quando já trabalham, para adquirir os livros de seu interesse.
É incrível observar como a prática de leitura repercute na produção de texto de cada um. Forma-se uma linha divisória entre aqueles estudantes que, por inúmeros motivos, perderam o interesse pela leitura e aqueles que são assíduos frequentadores da biblioteca escolar ou mesmo aqueles que desembolsam parte da mesada ou do salário, quando já trabalham, para adquirir os livros de seu interesse.
Esse último grupo apresenta
narrativas muito próximas da perfeição, repletas de aventura, fantasia, criatividade
e originalidade, com o mínimo de erros gramaticais, enquanto o outro grupo
apresenta textos simples, sem criatividade, com um número expressivo de
inadequações. Na interpretação, ocorre algo muito parecido. O primeiro grupo se
utiliza de sua bagagem cultural e maior conhecimento de mundo, muitas vezes
adquiridos por vivências práticas ou assimiladas pelas leituras e identifica
com maior facilidade e rapidez a coerência do texto apresentado em avaliação.
Sem a pretensão de ser a dona da
verdade ou de esmiuçar o problema aqui neste artigo, quero apenas deixar claro
que o bom ensino e a boa aprendizagem (coisas diferentes) da língua portuguesa
passam pela dedicação do adulto que acompanha a vida escolar dos estudantes.
Sempre gostei de ler para meu filho, desde bebê e era nítido o prazer que ele
sentia ouvindo as histórias ou poemas. Como professora, gosto muito de ler para
meus alunos em rodas de leitura. Infelizmente, não se consegue conquistar a
todos (ressalto que a questão não é simples e envolve um grande número de
fatores). O importante é não desistir.
Certa vez, fui levada a ler um livro (Admirável mundo novo), somente pela maneira que um professor utilizou para falar dele, com empolgação, contando uma pequena parte da história, mostrando-nos o sentido que aquilo fazia dentro da narrativa. Sempre com isso em mente, tento seduzir alguns leitores a procurarem os livros que cito, com brilho nos olhos e emoção na fala. Isso causa um efeito e tanto.
Certa vez, fui levada a ler um livro (Admirável mundo novo), somente pela maneira que um professor utilizou para falar dele, com empolgação, contando uma pequena parte da história, mostrando-nos o sentido que aquilo fazia dentro da narrativa. Sempre com isso em mente, tento seduzir alguns leitores a procurarem os livros que cito, com brilho nos olhos e emoção na fala. Isso causa um efeito e tanto.
TEXTO ESCRITO POR ADRIANA BIZUTI
Adriana é autora do livro Essencialmente Clara!
Texto: Adriana Bizuti
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