[Resenha] Os Invernos da Ilha

12 de maio de 2016

Título: Os Invernos da Ilha
Autor: Rodrigo Duarte Garcia
Editora: Record
Páginas: 462
Ano: 2016
Skoob: Adicione



Após um terrível acontecimento, Florian Links tenta encontrar um rumo na sua vida e, para isso, refugia-se num convento que fica em uma ilha isolada. Lá ele se depara com o diário de um antigo corsário e, ao que tudo indica, existe um tesouro perdido que pode ser encontrado na ilha. Leia a resenha para saber mais sobre essa incrível aventura.
Florian Links vive à sombra de um passado que lhe atormenta constantemente. Para fugir da culpa que o consome e tentar encontrar um rumo em sua vida, vai refugiar-se em um mosteiro que fica em uma ilha isolada, Ilha de Sant'anna Afuera. Um antigo amigo da universidade (Dom Fernando) o indicou o lugar, mas para ser um monge ele precisaria passar "por um período de experiência". Viveria no mosteiro e cumpriria com algumas tarefas que os monges realizam e no final, se decidisse que gostaria mesmo de ser um monge, haveria a consagração.

Florian Links aceita a condição e passa a morar no mosteiro. Lá ele conhece o professor Philippe Rousseau, um homem arrogante, que faz questão de mostrar todo o seu conhecimento exibindo-se sempre que pode. Philippe lhe apresenta o que viria a ser um de seus maiores fascínios, o diário de Oliver van Noort. O professor está traduzindo o diário e repassa para Florian os seus avanços, despertando nele um imenso interesse.
Oliver van Noort foi um corsário holandês que invadiu a ilha no ano de 1600. Os registros oficiais contam que após uma fuga rápida da ilha, o tesouro que era carregado no navio foi jogado ao mar e jamais foi encontrado. No entanto, existe uma certa discrepância entre os registros oficiais e o diário de Oliver van Noort. Ao que tudo indica, o tesouro foi escondido na ilha e a grande pista para encontrá-lo está codificada em um poema.

Mas não é só com a história do corsário que Florian Links se encanta, ao conhecer Cecília von Lockenhaus, a médica local, ele não a tira de seus pensamentos. Florian entra em conflito consigo mesmo, Cecília poderia ser um empecilho para que ele se tornasse um monge mas ao mesmo tempo ela resgata algo que estava perdido em seu interior.
Quando a tradução do professor finalmente chega ao fim e Florian lê os relatos do corsário, eles têm a certeza de que o tesouro está escondido na ilha e, com a ajuda de Cecília, planejam procurá-lo.
Minha impressão
Fiquei fascinada com o desenvolvimento dessa trama. Eu embarquei nessa história e me vi na expectativa de encontrar o tesouro junto com os personagens. Algo que me agradou muito foi o fato de a narrativa alternar entre os relatos de Florian Links e o diário de Oliver von Noort. Acompanhar os acontecimentos do ano de 1600 e logo depois ver a opinião do protagonista sobre o diário é algo impressionante, conforme Florian avança nas descobertas nós vamos descobrindo mais sobre o tesouro, o que me deixava extremamente curiosa.

O livro não é cheio de ação ou diálogos e é preciso ler com atenção para não deixar os detalhes passarem despercebidos, mas é uma leitura prazerosa de realizar e completamente instigante também. Uma aventura magnífica. 

Não poderia concluir essa resenha sem falar de outros dois personagens quem desenvolvem papéis importantes na história, os irmãos Viviana e Jorge Rulfo. Personagens que aparecem sem grandes participações mas que aos poucos conquistam seu espaço. Eu não gostava muito da Viviana, mas ela me surpreendeu em um determinado momento e até passei a simpatizar com ela. 

Ah! E o final desse livro??? Como eu queria falar sobre esse final, mas seria um ENORME spoiler. Só posso dizer que não acreditei no que estava lendo e ainda fiquei com uma pontinha de esperança. Para saber do que estou falando, só lendo mesmo! Já falei até demais. 

Minha nota para o livro

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