[Resenha] Os Robôs da Alvorada

18 de outubro de 2019

Título: Os Robôs da Alvorada (Livro #3)
Autor: Isaac Asimov
Editora: Aleph
Páginas: 544
Ano: 2015
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*Acervo pessoal
Sinopse: Dois anos após desvendar um assassinato em Solaria, o detetive Elijah Baley é novamente convocado para uma investigação em um Mundo Exterior. Com ajuda de seu parceiro e amigo R. Daneel Olivaw, Baley terá de solucionar um crime bastante peculiar: um caso de roboticídio que coloca em xeque a reputação de um importante estudioso naquele planeta. No terceiro volume da consagrada Série dos Robôs, em meio à mais evoluída colônia humana fora da Terra, Baley está prestes a enfrentar conflitos ainda mais complexos, que envolvem a segurança de Elijah Baley, interesses interplanetários e o destino da própria humanidade.
Resenha
  1. Um robô não pode ferir um ser humano ou, por inação, permitir que um ser humano venha a ser ferido.
  2. Um robô deve obedecer às ordens dadas por seres humanos, exceto nos casos em que tais ordens entrem em conflito com a Primeira Lei.
  3. Um robô deve proteger sua própria existência, desde que tal proteção não entre em conflito com a Primeira ou com a Segunda Lei.
“As leis humanas são muito mais complicadas do que as Leis da Robótica, e eu não faço ideia de como elas podem ser organizadas. “
O detetive Elijah Baley é convocado para conduzir uma investigação em Aurora, um planeta altamente desenvolvido no qual robôs e humanos vivem em perfeita harmonia, em Aurora não há distinção entre eles e é crime qualquer ato que possa destruir ou danificar as máquinas, são tidas como seres vivos. E é justamente nesse planeta que aconteceu um crime sem precedentes, um roboticídio.

Elijah tem certa reputação nos Mundos Exteriores e é chamado para solucionar o caso, Elijah estava mesmo precisando do apoio de Aurora junto aos Siderais para que a Terra pudesse obter autorização para colonizar outros planetas e, assim, enviar naves ao espaço. No entanto, a situação da Terra pode se complicar ainda mais caso o detetive não chegue a um resultado satisfatório em sua investigação.
O dr. Han Fastolfe é um dos maiores roboticistas de todos os mundos e uma importante figura política, no assunto robôs humaniformes ele é referência e o único que possui a chave para criá-los, não tendo dividido o seu conhecimento com os demais cientistas. Fastolfe criou apenas dois robôs humaniformes, Daneel que já um conhecido de longa data do detetive e Jander, o robô que foi assassinado.

A destruição de Jander não foi mero acaso e para quem alguém pudesse conseguir realizar o bloqueio em seu cérebro seria necessário anos de prática e ainda assim não conseguiria chegar ao bloqueio que destruiu Jander, o cérebro de um robô humaniforme é tão complexo quanto o cérebro humano e Fastolfe é a única pessoa que seria capaz de confundi-lo ao ponto de seu cérebro ser danificado e destruído, mas o doutor afirma não ser o responsável pelo roboticídio ao mesmo tempo em que afirma que não há nenhum outro cientista com competência para isso.
Como provar a inocência de Fastolfe se não há ninguém mais com conhecimento suficiente para matar Jander? Elijah precisa investigar qualquer pista, por menor que seja, e descobrir quem está por trás do roboticídio. Tudo o leva a acreditar que a comunidade científica está tentando incriminar Fastolfe por ele não compartilhar seus conhecimentos, no entanto, como os cientistas seriam capazes de causar o dano irreparável em Jander se eles não entendem a complexidade do cérebro de um robô humaniforme?  Será que Fastolfe, para não ferir a sua reputação, esconde que há outro cientista que possa superá-lo?

Conforme avança na investigação, Elijah descobre como era o cotidiano de Jander e se surpreende com os fins para os quais ele era usado e com os segredos que cercam os suspeitos pela sua morte. Todos têm algo a esconder e a destruição de Jander poderia trazer benefícios a muita gente. É um caso complicado, mas Elijah precisa solucioná-lo, pelo bem da Terra.
Minha impressão
Embora eu goste muito de livros com essa temática, eu ainda não havia tido nenhum contato com a escrita de Isaac Asimov e fiquei completamente fascinada com a leitura de Os Robôs da Alvorada, mesmo não tendo lido os volumes anteriores eu não tive dificuldade em ler este. Sim, a experiência teria sido melhor se eu já conhecesse os personagens e entendesse o que veio antes, mas a trama de Os Robôs da Alvorada é desenvolvida apenas no próprio livro, claro que há uma ou outra referência aos livros anteriores, mas a investigação toda se passa nesse livro.

Bom, no começo da leitura eu tive um pouco de dificuldade porque achei bem lento e imaginei que era por não ter lido os dois anteriores, mas não, percebei que o ritmo do livro é esse mesmo e acabei me acostumando a ele. E quando digo lento não estou em momento algum dizendo chato, pelo contrário, a premissa é instigante e o tempo todo eu estive curiosa para descobrir quem foi o responsável pelo roboticídio. É uma trama genial!

O detetive Elijah Baley pegou um caso difícil de ser solucionado, mas pelo bem da Terra não pode fracassar. Quem quer que tenha assassinado o robô humaniforme Jander não deixou rastros e o único com conhecimento suficiente para cometer o roboticídio é o dr. Han Fastolfe, que afirma não tê-lo feito e deixa claro que além dele ninguém mais seria capaz. Elijah precisa inocentar Fastolfe, mas isso parece cada vez mais difícil.

A minha vontade é de comentar sobre cada detalhe dessa trama, sobre a hostilidade de Aurora, os costumes solarianos, a mudança comportamental de Gladia, sobre como o sexo e a família são vistos em Aurora, o passado de Fastolfe, como os robôs são tratados em outros planetas, as diferenças entre robôs comuns e robôs humaniformes... mas a resenha ficaria ainda maior do que já está, então só me resta recomendar a leitura deste livro!

Minha nota para o livro

11 comentários:

  1. Oi, Beatriz como vai? Esse livro é maravilhoso, e a escrita do Asimov é excelente. Ótima resenha.

    https://lucianootacianopensamentosolto.blogspot.com/

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  2. Olá,
    Como já li algo do autor entendo a questão de ritmo de leitura que você mencionou. Creio que como há muita descrição tudo pode ficar mais lento, porém tentando montar tudo visualmente deixa a leitura mais prazerosa!

    Debyh
    Eu Insisto

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  3. Olá, tudo bem? Eu não gosto muito desse gênero, acho que ainda não achei o livro que irá conquistar o meu coração, mas quem sabe.
    Anotei aqui mesmo assim, vai que seja esse autor né haha

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  4. Olá!

    Eu não nenhum livro do autor Ainda, mas assim como você, eu tenho muita curiosidade em conhecer a sua escrita.
    Achei muito interessante essa trama de investigações em um mundo de robôs, um enredo completamente diferente. O bom é que você não se sentiu perdida, mesmo não tendo lido os volumes anteriores.
    Adorei a dica!

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  5. Olá! Simplesmente adorei a premissa, apesar de nunca ter lido nada sobre robôs. Achei bem legal o enredo que envolve mistério e a investigação para solucionar o crime. Ainda não conheço o autor, mas fiquei curiosa por ler algo dele. Beijos! Karla Samira

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  6. Oi Beatriz.
    Eu confesso que não sou muito fã de livros nessa temática, mas sempre tive bastante curiosidade em ler os do Isaac. Gostei do enredo investigativo, pois isso sempre chama a minha atenção, e me faz ficar envolvido com a história. Quando ler espero realmente gostar.
    Abraço.

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  7. Boa noite
    A escrita de Asimov é incrível, o cara pensava muito à frente de seu tempo e consegue retratar tecnologias como se escrevesse hoje em dia, já li "eu, robô" e foi uma experiência impressionante pra um livro escrito na década de 40, dica anotadíssima.

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  8. Olá Beatriz,
    parece ser um universo e tanto. Faz pouco tempo que comecei a me apaixonar por fantasias e a cada novo mundo cheio de particularidades que conheço mais me apaixono. Ainda não li nenhuma história que contenha robôs e pra ser sincera nenhuma outra havia me interessado de fato. Sua resenha me faz crer que esta é uma boa candidata a mudar isso.

    Abraços!

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  9. Olá Beatriz!!!
    que história em??
    Não conhecia o autor e nunca tinha visto nada do gênero, entendo quando uma história é tão boa temos que nos segurar para não entregar muito da mesma.
    O universo do livro parece que dava para enredo para mais coisas e acho que se o autor quisesse podia fazer algo com esse mundo todo.
    Parabéns pela resenha!!!

    lereliterario.blogspot.com

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  10. Oi Beatriz,
    Ficção Científica não é muito a minha praia. Adoro ver filmes de ficção, mas nunca li muita coisa do gênero. Os livros do Asimov são clássicos do gênero e tenho medo de achar os livros muito lento e chato. Só lendo para descobrir isso, mas com tantos livros que tenho vontade de ler, os livros desse gênero acabam sendo postergados. Se não estou enganado a Aleph está relançando os livros do Asimov com uma nova capa. Não sei se esse título está nos planos da editora para ser relançado.
    Com amor, André
    Garotos Perdidos

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  11. Oi, Beatriz! Ano passado tive meu primeiro contato com ficção científica e confesso que gostei bastante da experiência. A sua resenha me deixou bastante curiosa e com muita vontade de saber mais sobre a história. Irei adicioná-lo a minha listinha de desejados e espero poder lê-lo em breve. Beijo!

    www.livroapaixonado.com.br

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