[Resenha] Jogador Número Um | Livro

29 de junho de 2021

 

Título: Jogador Número Um (Livro #1)
Autor: Ernest Cline
Editora: Intrínseca
Páginas: 432
Ano: 2021
*Cortesia da editora
Sinopse: Uma aventura nostálgica e futurista sobre as fronteiras entre o real e o virtual, em nova edição de luxo O ano é 2045 e o mundo real é um lugar terrível. Para escapar, a humanidade passa a maior parte do tempo logada no OASIS, uma realidade virtual utópica com milhares de planetas onde as pessoas podem ser o que quiserem e coisas fantásticas acontecem — magos duelam contra robôs japoneses gigantes, há planetas inteiros inspirados em Blade Runner e DeLoreans voadores podem atingir a velocidade da luz. Wade Watts cresceu dentro do OASIS, brincando com seus programas educativos, e, aos dezoito anos, a plataforma ainda é a melhor parte de sua vida. Mas está em risco, graças à Caçada. Quando o excêntrico criador do OASIS morreu, deixou para trás um concurso para definir seu herdeiro. O primeiro usuário que desvendar as pistas, vencer uma série de desafios e chegar ao Easter egg ganhará a vasta fortuna do bilionário e o controle total da plataforma. Milhões de pessoas entram na disputa — inclusive Wade, que passa a estudar obsessivamente a cultura pop dos anos 1980 que o criador adorava —, mas também funcionários de uma perigosa corporação, que pretende limitar o acesso à plataforma. Cinco anos se passam sem que ninguém consiga desvendar a primeira pista. Até que o nome de Wade sobe para o topo do placar. De repente, o mundo inteiro está assistindo, e novos rivais o alcançam: Art3mis, Aech, Daito, Shoto e, o pior de todos, Sarrento. Aos poucos, fica claro para Wade que a competição virtual tem riscos muito reais. E a única forma de sobreviver e salvar o OASIS é ganhando. Publicado originalmente em 2011, Jogador Número Um se tornou um best-seller, foi agraciado com diversos prêmios e deu origem ao filme de sucesso dirigido por Steven Spielberg, lançado em 2018. Unindo ficção científica a inúmeras referências à cultura pop dos anos 1980 e ao universo dos videogames, essa ópera espacial geek conquistou fãs em todo o mundo.

Resenha
“(...) por mais assustadora e dolorosa que a realidade possa ser, também é o único lugar em que podemos encontrar a felicidade verdadeira. Porque a realidade é real. Compreende?”
OASIS é um lugar dos sonhos, lá, você pode ser o que quiser, ir aonde tiver vontade, tornar as coisas diferentes, esconder seus defeitos, mascarar suas imperfeições. Mas o Oasis é uma realidade virtual e um recurso usado cada vez mais para fugir da verdade que o mundo está vivendo. A situação mundial é terrível, a fome se alastra agressivamente, a pobreza deixa as pessoas em condições deploráveis e a poluição está acabando com o planeta.

É nesse cenário que conhecemos Wade Watts, um jovem de dezoito anos que crescer em meio às pilhas de trailers (literalmente um trailer empilhado em cima do outro para economizar espaço) com a sua tia, ele perdeu os pais muito cedo e foi criado pela tia que não o trata bem, na casa da tia ele vive acuado, com medo dos namorados dela, perde tudo o que possa ter de valor e passa fome. Mas Wade tem um esconderijo, um carro abandonado no meio de algumas pilhas de carros abandonados. Ali ele consegue se conectar ao Oasis, embora passe muito frio. Nesse esconderijo, ele deixa suas coisas de valor para que a tia não venda, deixa alguma comida guardada em latas contra ratos e umidade e esquece do mundo ao seu redor.
Na vida real, Wade não passa de um jovem excluído que não tem amizades, não tem família e só queria que as coisas fossem diferentes. No Oasis as coisas não são muito melhores. Na escola ele sofre bullying, mas pode mutar os colegas que o ofendem e ninguém pode, de fato, encostar nele, então ele está protegido dentro de seu esconderijo, fora que ninguém sabe a sua verdadeira identidade, só conhecem seu avatar Parzival. O maior desejo de Wade (e de bilhões de pessoas) é encontrar o Easter egg do Halliday.

O criador do Oasis, Halliday, se tornou multimilionário com o sucesso de seu jogo. Mas com o passar dos anos ele se tornou cada vez mais recluso e perdeu o contato com qualquer pessoa. Apaixonado pela cultura dos anos 1980, ele vivia em seu próprio mundo, sem espaço para mais ninguém. Quando descobriu que estava doente e que em breve morreria, Halliday teve uma ideia bem louca e genial para deixar sua fortuna, já que não tinha herdeiros nem amigos. Ele criou uma caçada que conquistaria as pessoas ao redor de todo o mundo, quem fosse capaz de decifrar as pistas e vencer os obstáculos seria o herdeiro de toda a sua fortuna.
Para encontrar o Easter egg do Halliday, além de decifrar as mensagens secretas e superar os desafios, é preciso estudar toda a cultura dos anos 80. Halliday escreveu um almanaque que é uma espécie de sua biografia e ali tem muitas pistas escondidas. São filmes, jogos, livros, séries, atores, personagens, escritores, roteiristas... tudo o que ele gostava e recomendava. As pessoas começaram a reviver os anos 80 em pleno 2045 e se tornaram tão viciadas quanto Halliday era. Mas cinco anos se passam sem que alguém encontre a primeira das três chaves.

E quem, depois de tantos anos, consegue dar a largada é Wade! Isso deixa o mundo alvoroçado e as pessoas começam a correr para encontrar a chave e passar pelo primeiro portal. Principalmente os Seis. Eles fazem parte de uma organização que quer cobrar o acesso ao Oasis e lá dentro poder cobrar tudo o que for possível, tornando o jogo disponível apenas para a elite. Os Seis estão dispostos a tudo para conseguir vencer esse concurso, inclusive matar inocentes. Outros jogadores do bem também surgem e uma estranha amizade competitiva cresce entre eles e Wade porque perceberam que para impedir os Seis eles precisam trabalhar juntos e ganhar o jogo. Mas nada de dar pistas uns aos outros, isso faria o jogo perder a graça.
Minha impressão
Jogador Número Um foi uma leitura que me fascinou! Que premissa mais interessante, e o autor soube exatamente como conduzir a trama para que em momento algum o leitor perdesse o foco ou o interesse. A caçada por si só já é algo instigante, mas as inúmeras referências à cultura dos anos 80 me fizeram ficar cada vez mais envolvida com a história.

Wade Watts é um jovem de dezoito anos, ele perdeu os pais cedo e mora com a tia, que o maltrata e arranca dele qualquer benefício que o governo dê pela sua criação. Ele tem um esconderijo de onde consegue acessar o Oasis sem que sua tia venda tudo o que ele possua de valor. Nada mais é que um carro abandonado que ele transformou em um lugar habitável. O melhor momento do dia é quando ele sai da realidade e loga no Oasis. Ele cresceu nessa realidade virtual, foi educado e alfabetizado por ali, inclusive ele estuda em uma escola no Oasis com milhares de outros alunos.

Wade quer encontrar o Easter egg que Halliday escondeu em Oasis. O velho criador do jogo bolou uma caçada a três chaves que abrem três portais, no último, um ovo estará escondido e o primeiro jogador a encontrá-lo será o mais novo multimilionário. Depois de cinco anos, Wade é o primeiro a encontrar uma das chaves. O que coloca a sua vida em risco, uma poderosa organização está disposta a matar quem se põe em seu caminho. Os Seis querem acabar com o acesso grátis ao Oasis e tornar o jogo disponível só para os ricos. Quando Wade encontra a primeira chave, mais jogadores ficam fissurados e logo outros quatro se destacam, Art3mis, Aech, Daito e Shoto. Os cinco começam a lutar contra os Seis e uma estranha amizade surge entre eles.

Gostei muito de como o livro traz mensagens sobre os perigos da vida virtual e a importância de manter boas relações na vida real também. E as referência a jogos, filmes e livros antigos é muito fascinante, impossível não querer pesquisar por cada um dos mencionados, eu conhecia alguns e quero passar a conhecer outros. Agora estou curiosa e já vou começar a ler Jogador Número Dois, em breve trago a resenha! E também quero assistir ao filme e conferir como ficou a adaptação.


Minha nota para o livro

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