Título: O Segundo Armário: Diário de um Jovem Soropositivo
Autor: Gabriel Abreu
Editora: Autografia
Páginas: 162
Ano: 2016
Skoob: Adicione
*Cortesia da editora
Após descobrir que era portador do vírus HIV, Gabriel Abreu vê sua vida se desmoronando. No livro acompanhamos relatos reais, que nos mostram o sofrimento, as angústias e também a superação. Continue lendo e conheça um pouco sobre a obra.
Na sociedade carregada de preconceitos em que vivemos, a homossexualidade é perseguida e discriminada ferozmente, para os portadores do HIV essa intolerância é muito maior. Ao dizer "o segundo armário", Gabriel Abreu refere-se ao fato de ter que se esconder, por carregar em seu organismo esse vírus.
Em abril de 2011, Gabriel recebeu a notícia que mudaria toda a sua vida: Seu último exame havia sido positivo para HIV-1. Ele sempre fez exames com regularidade e também sempre se protegeu, mas em algum momento foi infectado pelo vírus. Sem ter com quem conversar, ele vive momentos de desespero, aflição, tristeza... Momentos difíceis, em que não conseguia enxergar além da sua própria fragilidade e entregou-se aos medos.
Poucas semanas após a descoberta, Gabriel decidiu criar um blog para poder extravasar, era uma maneira de desabafar, poder contar para alguém sem ter sua identidade revelada. Em suas postagens escrevia sobre o seu cotidiano, fazia do blog o que ele realmente é: um diário virtual. Passou a receber apoio de outros blogueiros e a interagir na blogosfera. Esse livro, "O segundo armário: O diário de um jovem soropositivo", nos traz os textos que o autor escrevia em seu blog. Está organizado em ordem cronológica e podemos acompanhar como Gabriel foi lidando com a soropositividade.
Na obra, encontramos muitos pensamentos e reflexões do autor durante a sua jornada e algumas questões são levantas como, por exemplo:
Fora do blog, Gabriel vai sentindo confiança em amigos próximos, ao ponto lhes contar e poder ter alguém que o ampare nos momentos de tristeza e preocupação. Uma de suas maiores inquietudes é contar ou não para a sua família, não quer provocar sentimentos devastadores em sua mãe e tenta esconder pelo maior tempo que consegue.
Claro que o desânimo é natural, mas Gabriel nos mostra que a esperança é essencial, que é preciso adaptar-se à essa nova condição e tornar-se mais forte do que antes. E quero deixar um recado antes de contar minhas impressões, algo importante que o autor nos fala nas primeiras páginas e vejo não só como um desabafo, mas também como um alerta:
Autor: Gabriel Abreu
Editora: Autografia
Páginas: 162
Ano: 2016
Skoob: Adicione
*Cortesia da editora
Após descobrir que era portador do vírus HIV, Gabriel Abreu vê sua vida se desmoronando. No livro acompanhamos relatos reais, que nos mostram o sofrimento, as angústias e também a superação. Continue lendo e conheça um pouco sobre a obra.
Na sociedade carregada de preconceitos em que vivemos, a homossexualidade é perseguida e discriminada ferozmente, para os portadores do HIV essa intolerância é muito maior. Ao dizer "o segundo armário", Gabriel Abreu refere-se ao fato de ter que se esconder, por carregar em seu organismo esse vírus.
Em abril de 2011, Gabriel recebeu a notícia que mudaria toda a sua vida: Seu último exame havia sido positivo para HIV-1. Ele sempre fez exames com regularidade e também sempre se protegeu, mas em algum momento foi infectado pelo vírus. Sem ter com quem conversar, ele vive momentos de desespero, aflição, tristeza... Momentos difíceis, em que não conseguia enxergar além da sua própria fragilidade e entregou-se aos medos.
Poucas semanas após a descoberta, Gabriel decidiu criar um blog para poder extravasar, era uma maneira de desabafar, poder contar para alguém sem ter sua identidade revelada. Em suas postagens escrevia sobre o seu cotidiano, fazia do blog o que ele realmente é: um diário virtual. Passou a receber apoio de outros blogueiros e a interagir na blogosfera. Esse livro, "O segundo armário: O diário de um jovem soropositivo", nos traz os textos que o autor escrevia em seu blog. Está organizado em ordem cronológica e podemos acompanhar como Gabriel foi lidando com a soropositividade.
Na obra, encontramos muitos pensamentos e reflexões do autor durante a sua jornada e algumas questões são levantas como, por exemplo:
- Contar ou não para os familiares e amigos;
- Se os parceiros sexuais devem saber antes da relação ou só se algum imprevisto acontecer;
- Como agir diante das humilhações;
- Relações sorodiscordantes, se é possível namorar e ter um relacionamento duradouro com alguém que não possua o HIV;
- Como um atendimento médico humanitário pode mudar muito o estado de espírito de um soropositivo e como um mal atendimento reflete drasticamente em sua rotina.
- Lipodistrofia, o temor de estampar a AIDS no rosto.
- Maconha, o uso da cannabis para combater a depressão e suportar os efeitos colaterais do coquetel (assunto polêmico, mas Gabriel deixa sua opinião).
Fora do blog, Gabriel vai sentindo confiança em amigos próximos, ao ponto lhes contar e poder ter alguém que o ampare nos momentos de tristeza e preocupação. Uma de suas maiores inquietudes é contar ou não para a sua família, não quer provocar sentimentos devastadores em sua mãe e tenta esconder pelo maior tempo que consegue.
Claro que o desânimo é natural, mas Gabriel nos mostra que a esperança é essencial, que é preciso adaptar-se à essa nova condição e tornar-se mais forte do que antes. E quero deixar um recado antes de contar minhas impressões, algo importante que o autor nos fala nas primeiras páginas e vejo não só como um desabafo, mas também como um alerta:
"AIDS não é coisa de homossexual, mas de desprevenidos."
Minha impressão
Uma obra intensa e que relata com detalhes a vida de um soropositivo, fazendo com que o leitor enxergue com os olhos do autor, sentindo seus medos e suas angústias. Um livro que mostra as dificuldades que a sociedade impõe, há décadas o HIV se espalhou e, ainda hoje, vivemos com a ignorância. Precisamos ser mais humanos, precisamos de mais empatia, precisamos entender que nenhuma diferença (seja ela qual for) nos dá direito de humilhar nosso próximo.
Os textos são escritos de maneira bastante informal, como se fosse uma conversa. Não são textos longos e a leitura de todo o livro pode ser muito rápida. Mas já deixo avisado que é um livro para maiores de idade, não que contenha cenas hot, mas o autor escreve sem pudor e muito abertamente sobre todos os assuntos, sexuais ou não.
Gabriel Abreu é, na verdade, um pseudônimo usado por Salvador Corrêa durante a criação dos textos em seu blog. Hoje, Salvador diz não precisar "de um codinome para a sua própria história", mas reconhece a importância que foi escrever com o nome de Gabriel.
O blog do autor está ativo, clique aqui e acesse. O livro tem uma página no facebook e quem quiser acompanhar pode clicar aqui. Antes do livro físico, foi publicada uma versão digital na Amazon, com menos textos pois foi lançada em 2015, veja aqui.
Enfim, é um livro que certamente fará diferença na vida de quem descobriu recentemente ser ou ter algum parente soropositivo.
Minha nota para o livro
Oi, tudo bem?
ResponderExcluirNão conhecia o livro e nem o blog, com certeza esse livro e os textos do autor ajudarão muitas pessoas que estão passando por tudo isso também. ótima resenha, bem explicadinha.
bjs
Oi, Simeia. É sim uma obra que pode mudar a visão de muitas pessoas e ajudar aos que estão passando pela mesma situação.
ExcluirBeijos
Ola Bea! ^^
ResponderExcluirPercebo o quanto foi importante a atitude do autor em contar o que ele estava passando no blog e depois decidir publicar isso, vejo esse livro como uma forma de combater o preconceito e nos fazer refletir sobre a vida e a maneira como muitas vezes julgamos os outros. Não sei se eu leria, pois tenho um sério problema em ler livros com histórias reais, me envolvo muito com as histórias e acabo chorando demais, algo que acaba prejudicando meu humor.