Potiguar, nascida em 1979, graduada em Enfermagem em 2006, pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte e pós-graduada em Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, pela mesma faculdade, em 2013. Neste mesmo ano, publicou seu primeiro livro, uma obra didática, "Apostila Específica para Enfermeiros". Atualmente, é funcionária pública, atuando como enfermeira de Saúde da Família. Desde que aprendeu a ler, gosta de histórias. Escrever e publicar obras de ficção era apenas um sonho antigo, mas que se tornou realidade com "A Protetora".
1- "A protetora" é uma obra que nos apresenta a realidade de muitas pessoas e nos traz um tema muito importante. Qual foi a sua maior dificuldade ao escrevê-la?Olá, Beatriz e leitores do blog!
“A protetora” narra as dificuldades de uma protetora de animais. É um tema que me chama muita atenção porque amo e respeito a natureza. Já tentei ser protetora, fazer algo para animais abandonados, mas fracassei. No entanto, não desisti. Creio que terá o tempo certo em que eu possa ser uma protetora de animais. Escrevi “A protetora” em um momento nada fácil. Estava desempregada. E ainda acho difícil falar sobre o assunto. A minha maior dificuldade foi a revisão, pois tinha que reler cenas que me doem muito, cenas baseadas em situações vivenciadas por mim mesma.
2- A personagem Eva tem características semelhantes com as suas? Quanto de você podemos encontrar nela?
Sim, algumas características. Deixo claro que o livro é ficção. Mas inventei uma personagem com algumas características minhas para se tornar mais fácil a escrita. Por exemplo, eu e Eva somos cristãs, vegetarianas, enfermeiras e amamos gatos. No início, pensei em colocar Eva em outra profissão, mas acabei escolhendo uma que eu conhecesse bem. Há alguns dias, assisti ao filme “De encontro com o amor” e aprendi que escrever é para ser difícil. Então, se fosse escrever agora “A protetora”, Eva não seria enfermeira. Não sei dizer com exatidão quanto de mim podemos encontrar em Eva. Tenho uma dificuldade de falar de mim mesma (risos).
3- Você segue alguma rotina para escrever?
Ainda não sigo uma rotina, mas pretendo criar uma rotina com metas de palavras por semana. Acho que ter uma rotina é importante. Talvez escrever três dias na semana. O que já determinei é escrever e publicar um livro a cada dois anos.
4- Quais são seus gêneros literários preferidos para a leitura?
Minha preferência é a Literatura Clássica. Mas leio e gosto muito de autores contemporâneos. Gosto de Drama, suspense e romance policial.
5- Você gosta de escrever acompanhada de alguma guloseima? E quando está lendo?
Tanto para ler como para escrever, não há companhia de guloseimas. Mas faço pausas para beber café.
6- Você prefere ler livros físicos ou digitais?
Físicos, com certeza. Já li digitais, mas se pudesse escolher leria apenas físicos. Por exemplo, tenho alguns livros digitais, que suponho serem muito bons, mas ainda não os li, esperando comprar os físicos, porque a magia é maior.
7- Temos visto que a leitura em nosso país vem aumentado com o passar do tempo. Vemos também, o grande número de autores nacionais que buscam espaço no meio literário. Qual a sua opinião sobre o assunto?
O fato dos livros se tornarem populares é muito bom para o incentivo da leitura. Quando criança, eu não tinha as facilidades de hoje. Meu pais eram agricultores. Nem a minha escola incentivava a leitura. Eu tive acesso a poucos livros até os quinze anos. Por incrível que pareça, meu pai, que não sabe ler, é quem me incentivou a entrar no mundo dos livros, através de Literatura de Cordel.
Ainda criança, comecei a escrever para depois ler o que eu mesma escrevia. Mas nem sempre tinha onde escrever as minhas histórias, então houve uma época em que escrevia em embrulhos de fubá de milho. Escrevia só para mim, publicar era algo tão longe da realidade que nem passava pela minha cabeça. Depois que descobri a biblioteca da cidade, comecei a ler compulsivamente e não escrevi mais por muitos anos. Depois de adulta, tentei escrever ficção, mas por um motivo ou outro sempre deixava para lá. Para mim, escrever é terapêutico, então escrever meus diários me bastava (risos). Mas aí quando senti que deveria ter a minha voz no mundo, tive que escrever “A protetora”. E espero muito ter muitas histórias para contar ainda.
Amo a língua portuguesa, queria fazer faculdade de Letras, mas por várias questões acabei fazendo enfermagem.
Hoje é fácil você publicar um livro. Quando as coisas se tornam mais fáceis, tendem a perder a qualidade, infelizmente. Mas, acredito que os escritores que se preocupam com a qualidade, um dia terão seu trabalho reconhecido. Mas tem que ter paciência. Pode demorar.
Imagino que o grande número de autores nacionais é devido à facilidade da publicação. E concordo que cada um busque seu espaço desde que seja da forma correta. Não através do spam. Eu mesma sou péssima em marketing, e admiro os escritores que têm facilidade de se comunicar com seus leitores. Eu não tenho essa facilidade, então fica mais difícil ser conhecida. Tem que haver a divulgação; o mercado literário é de alta competitividade.
8- Para finalizar, deixe um recado para os leitores do blog e onde a obra pode ser encontrada para a compra.
Quero escrever o que me agrada, o que gosto, quero divulgar a minha verdade. Não quero ser influenciada pelo mercado nem por modismos, nem escrever sob pressão. Mas isso não quer dizer que escrever seja fácil, que não preciso aprimorar a minha escrita, nem que preciso pesquisar bastante. Preciso melhorar a cada dia como pessoa e como escritora. Ao escrever uma história, tenho três objetivos: entreter, emocionar e educar. Se algum dia puder viver da escrita, será um sonho realizado.
A protetora pode ser adquirido pelo site da Editora Multifoco e pelo site da Livraria Cultura.
Gostei muito de responder a essas perguntas. Elas me fizeram refletir sobre a minha escrita. Muita gratidão a Beatriz Andrade por me conceder esse espaço para divulgação e a você que parou um pouco para ler essa entrevista.
Quem quiser conferir a resenha do livro clique aqui. Acompanhe a autora e as novidades do livro através da página no facebook.
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