Título: O Sol Vinha Descalço
Autor: Eduardo Rosal
Editora: Reformatório
Páginas: 94
Ano: 2016
Adicione ao Skoob
*Cortesia da Oasys Cultural
Autor: Eduardo Rosal
Editora: Reformatório
Páginas: 94
Ano: 2016
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Sinopse: O poema de Eduardo Rosal, vencedor do Prêmio Maraã de Poesia, aqui em O sol vinha descalço, fez a opção da verticalidade. Com isso eliminou ou reduziu a distância que separa poetar e pensar, e gerou novos espaços nos quais os objetos podem tornar-se sujeitos, como que inesperadamente. E tudo sob os auspícios do "o sal-sol do mundo". Mas o poeta evitou sabiamente calçar ou permeabilizar o sol. Quis simplesmente compreender porque "vinha descalço", e se deixava tensionar entre "abismo e ponte". O texto sujeito alarga o espaço do texto objeto. Recolhe o contexto, mas não se deixa subjugar por ele. A forte aliança de texto e contexto, articulada com perícia, alimenta a ação do fazer poético. É quando a língua, passagem obrigatória, se transforma em linguagem, instância instauradora. O texto irrompe do contexto, e logo proclama a sua independência. Carregando consigo o leve peso das palavras, e a sonoridade cifrada do silêncio. A temerária jornada humana prospera claramente, sem recorrer à exaltação. O verdadeiro poeta não precisa gritar para ser escutado. Os excessos, a hemorragia verbal, a poluição sonora, são capítulos menores de um estranho manual de contravenções literárias. Os torrenciais que me perdoem, mas o comedimento é fundamental.
