Título: O Santo
Autor: César Aira
Editora: Rocco
Páginas: 192
Ano: 2019
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*Cortesia da editora
Para o serviço, um assassino profissional foi contratado, na Idade Média só se culpava pela morte de alguém o autor do crime e não o mandante, sendo assim, o abade e as demais autoridades estavam com as suas consciências tranquilas, pensavam que fariam algo ruim pelo bem de todos, para a comunidade continuar com seu lucro. E assim começou uma série de desencontros que salvou a vida do monge.
Sem saber de nada, o santo teve um pesadelo e acordou no meio da noite, se levantou para ir ao banheiro e escapou da primeira investida do assassino. Misteriosamente, ele despertou no dia seguinte a bordo de um navio grego e dali em diante viveu as mais variadas peripécias, dia após dias sua vida mudava de curso e aquele monge abatido que achava estar perto de morrer começava, novamente, a viver.
O santo passou por muitas situações que o fizeram perceber a vida com outros olhos, ele já não se sentia mais abatido e tão cansado, a vida no monastério começou a parecer tão distante, não era mais o mesmo. O santo conheceu muitas pessoas e ao longo do caminho deixou a sua marca por onde passou. Foi vendido como escravo e comprado por um senhor que tinha muito dinheiro e muitos escravos, mas continuava comprando para manter a economia do país girando. Comprou o santo sem ter nenhuma tarefa para ele e quando viu que ele já era idoso resolveu enviá-lo em uma missão que imaginava ser sem volta.
E nessa nova jornada o santo experimentou pela primeira vez prazeres até então inimagináveis para ele, viu que não estava tão perto assim da morte como pensava. O santo dedicou-se e viveu intensamente no mais puro êxtase. Mas o que fará depois? Com o passar do tempo as coisas foram mudando para ele novamente, o que lhe revigorava já não o agradava tanto e até o preocupava. Parecia estar estagnado e queria sair dessa situação. Mas como? A resposta para isso ele teria em breve.
O Santo é um livro bem diferente do que eu esperava, ele tem uma premissa completamente curiosa e me levou a acreditar que seria um livro cheio de ação com uma fuga frenética do santo, no entanto, a trama é bem mais lenta do que eu imaginava e ainda assim me manteve presa à leitura até o fim. César Aira desenvolveu uma história instigante e as aventuras que o santo vive após a sua inesperada partida do monastério nos deixam curiosos para descobrir o que vai acontecer.
O monge era venerado pelos milagres que operava e as pessoas que viajavam de todos os lugares para visitá-lo traziam muito lucro para a comunidade, quando sentiu que seus dias estavam chegando ao fim e resolveu voltar para a sua terra natal para morrer em paz o abade e as demais autoridades da região encomendaram a sua morte, o lugar de sua sepultura traria ainda mais rendimento do que com ele vivo. Um assassino profissional foi contratado, mas ele não conseguiu dar fim ao monge porque – milagrosamente – ocorreram inúmeros desencontros que livraram o monge da morte.
O livro possui pouquíssimos diálogos e isso pode deixar a leitura mais lenta, mas não se engane, a trama é bem trabalhada e o autor sabe como manter a curiosidade do leitor. O Santo foi uma obra que me agradou bastante, o final foi inesperado, eu não imaginava que a história tomaria esse rumo e gostei, mas fiquei com vontade de ler um epílogo para ver como tudo ficou depois. Livro recomendado!
Autor: César Aira
Editora: Rocco
Páginas: 192
Ano: 2019
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*Cortesia da editora
Sinopse: Na Idade Média, um velho monge considerado santo, que vive numa cidade catalã, ao sentir que se aproxima da morte decide voltar à sua terra natal. Porém, a economia local criou uma dependência em torno da fama dos abundantes milagres do santo e as autoridades optam por mantê-lo por lá, ainda que morto. De forma quase milagrosa, o monge escapa desse destino e foge a bordo de um navio grego até chegar à África, assim, ele terá a oportunidade de conhecer novos lugares e novas formas de viver.Durante a Idade Média, um monge já em idade avançada sentiu que seus dias estavam chegando ao fim e decidiu retornar para a sua terra natal. O monge era conhecido pelos milagres que operava, pessoas de todos os lugares viajavam para fazer suas preces, ele se tornou um santo e, como tal, trazia – ainda que involuntariamente – lucro para o monastério e para a região. Quando o monge anunciou a sua partida o abade previu a falência da localidade e tentou, em vão, fazê-lo mudar de ideia.
“Uma vez morto seria tanto ou mais produtivo do que em vida. O santuário contendo a sagrada relíquia de seu corpo continuaria operando como mediador, ao menos para os crentes, do poder curativo da divindade.”Se o santo fosse para a Itália e morresse lá, o local de sua morte seria altamente lucrativo, então as autoridades locais se reuniram para encontrar um meio de fazer com que o santo não partisse, após discutirem todas as possibilidades eles chegaram a um acordo, a única saída para manter o corpo do monge no monastério e continuar atraindo visitantes seria encomendar a morte dele.
Para o serviço, um assassino profissional foi contratado, na Idade Média só se culpava pela morte de alguém o autor do crime e não o mandante, sendo assim, o abade e as demais autoridades estavam com as suas consciências tranquilas, pensavam que fariam algo ruim pelo bem de todos, para a comunidade continuar com seu lucro. E assim começou uma série de desencontros que salvou a vida do monge.
Sem saber de nada, o santo teve um pesadelo e acordou no meio da noite, se levantou para ir ao banheiro e escapou da primeira investida do assassino. Misteriosamente, ele despertou no dia seguinte a bordo de um navio grego e dali em diante viveu as mais variadas peripécias, dia após dias sua vida mudava de curso e aquele monge abatido que achava estar perto de morrer começava, novamente, a viver.
O santo passou por muitas situações que o fizeram perceber a vida com outros olhos, ele já não se sentia mais abatido e tão cansado, a vida no monastério começou a parecer tão distante, não era mais o mesmo. O santo conheceu muitas pessoas e ao longo do caminho deixou a sua marca por onde passou. Foi vendido como escravo e comprado por um senhor que tinha muito dinheiro e muitos escravos, mas continuava comprando para manter a economia do país girando. Comprou o santo sem ter nenhuma tarefa para ele e quando viu que ele já era idoso resolveu enviá-lo em uma missão que imaginava ser sem volta.
E nessa nova jornada o santo experimentou pela primeira vez prazeres até então inimagináveis para ele, viu que não estava tão perto assim da morte como pensava. O santo dedicou-se e viveu intensamente no mais puro êxtase. Mas o que fará depois? Com o passar do tempo as coisas foram mudando para ele novamente, o que lhe revigorava já não o agradava tanto e até o preocupava. Parecia estar estagnado e queria sair dessa situação. Mas como? A resposta para isso ele teria em breve.
"E pensar que fui um santo!, disse a si mesmo com um sorriso compreensivo. Corrigiu-se: santo continuava sendo, porque era uma convalidação vitalícia e post mortem. Mas dentro de cada santo se escondia um homem, só precisava abrir a porta para que saísse."
Minha impressão
O monge era venerado pelos milagres que operava e as pessoas que viajavam de todos os lugares para visitá-lo traziam muito lucro para a comunidade, quando sentiu que seus dias estavam chegando ao fim e resolveu voltar para a sua terra natal para morrer em paz o abade e as demais autoridades da região encomendaram a sua morte, o lugar de sua sepultura traria ainda mais rendimento do que com ele vivo. Um assassino profissional foi contratado, mas ele não conseguiu dar fim ao monge porque – milagrosamente – ocorreram inúmeros desencontros que livraram o monge da morte.
O livro possui pouquíssimos diálogos e isso pode deixar a leitura mais lenta, mas não se engane, a trama é bem trabalhada e o autor sabe como manter a curiosidade do leitor. O Santo foi uma obra que me agradou bastante, o final foi inesperado, eu não imaginava que a história tomaria esse rumo e gostei, mas fiquei com vontade de ler um epílogo para ver como tudo ficou depois. Livro recomendado!
Oiii Bea
ResponderExcluirFico receosa em saber que é um livro de poucos diálogos, geralmente são leituras mais densas e no momento ando numa ressaca literaria imensa. Não conehcia O Santo, achei a premissa legal, mas honestamente, por enquanto acho que não seria pra mim.
Beijos, Alice
www.derepentenoultimolivro.com
É a primeira vez que vejo esse livro e a história é bem diferente além de ter pouco diálogo que não é comum atualmente, mas sim em livros antigos. A história e leitura são válidas.
ResponderExcluirOlá adorei a edição desse livro achei muito bonita, e gostei da trama envolvendo a obra também, dica anotada!
ResponderExcluirOlá
ResponderExcluirComo ainda estranho que as pessoas façam qualquer coisa por lucro?
A perversidade não está somente entre os profanos. Até os santos podem cair.
Beijos
Olá, tudo bem? Realmente pela sinopse, esperava algo bem mais voltado para a aventura e dinâmico. Que bom que mesmo com uma leitura mais lenta você conseguiu aproveitar a história. Acho a capa simples e ao mesmo tempo chamativa. Dica anotada!
ResponderExcluirBeijos,
http://diariasleituras.blogspot.com
Olá,
ResponderExcluirPor mais que pareça bem maçante eu achei tão interessante. Desde o protagonista ser um monge até ele ter que a todo custo morrer no lugar 'certo'. Realmente achei bem diferente.
Debyh
Eu Insisto
Oi, tudo bem? Assisti o vídeo da Rocco divulgando esse livro e achei o enredo bem dinâmico e curioso principalmente pela fuga do santo. Li algumas resenhas e as opiniões estão divididas. Já coloquei na lista para ler em breve. Um abraço, Érika =^.^=
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