Autor: Amaurício Lopes
Editora: Autor indepentende
Páginas: 208
Ano: 2022
*Acervo pessoal, leitura pelo Kindle Unlimited
Sinopse: Uma vez por ano, no mesmo feriado, Maria Neide da Silva e Francisco roubam algum galinheiro da cidade de Palheiros com os filhos. Movidos por uma suspeita quanto ao paradeiro da filha do meio, desaparecida há seis meses, invadem o quintal da maior e mais imponente casa da cidade, a única que fica do outro lado do rio. Dentro da propriedade, precisam tomar cuidado para não ser percebidos. E medo e coragem se alternam numa luta desesperada não apenas pela verdade, mas também pela vida.
Uma família destruída pelo desaparecimento da filha do meio, seis meses já se passaram e eles ainda não tiveram nenhuma notícia do que possa ter acontecido. As autoridades parecem não se importar muito, afinal, é só mais uma garota pobre que sumiu entre tantas outras. Há uma recorrência de meninas que somem sem deixar qualquer vestígio, os casos não parece ter ligação e as investigações nunca dão em nada. As más línguas dizem que as meninas fugiram com algum amante.
E agora, depois de tanto tempo, Francisco, o pai, encontrou uma pista. Uma única pista que foi encontrada por acaso durante um trabalho. A fivela que Rita usava. E essa fivela estava na casa de um dos homens mais importantes da cidade, o prefeito. Com a certeza de que alguma coisa aconteceu à filha, Maria Neide e Francisco resolvem investigar por conta própria, já que a polícia não faz nada.
E eles vão usar um dia atípico para fazer isso. Um dia que esperam todos os anos. O dia de roubar galinhas! É uma tradição da família que em uma determinada madrugada do ano eles saiam para roubar galinhas em algum galinheiro da cidade. Tudo às escondidas, com muita cautela para não serem pegos. Esse ano vai ser a primeira vez do filho mais novo, Nuno, que está todo animado.
O que nenhum membro dessa família sabia é que o prefeito tem segredos muito obscuros e que por anos vem mantendo uma prática terrível, capaz de chocar até o mais experiente dos médicos ou policiais que estão acostumados com casos horripilantes.
E agora, depois de tanto tempo, Francisco, o pai, encontrou uma pista. Uma única pista que foi encontrada por acaso durante um trabalho. A fivela que Rita usava. E essa fivela estava na casa de um dos homens mais importantes da cidade, o prefeito. Com a certeza de que alguma coisa aconteceu à filha, Maria Neide e Francisco resolvem investigar por conta própria, já que a polícia não faz nada.
Maria Neide e Francisco não contaram aos filhos o verdadeiro motivo de roubarem galinha na casa do prefeito esse ano, fazem conforme o planejado e, quando já estão com as galinhas em mãos, pedem que os filhos retornem para casa, dizem que vão fica e dão uma desculpa qualquer. As crianças não contestam, mas entendem que há algo errado. Vão para casa sem reclamar e ao perceberem que os pais podem estar em perigo decidem retornar, talvez possam ajudar.
Para conseguir sair dessa enrascada, será preciso lutar com unhas e dentes e fazer coisas que jamais imaginariam ser capazes. Depois de terem invadido esse galinheiro nenhum deles será mais o mesmo!
Minha impressão
O Galinheiro foi a primeira leitura coletiva escolhida no retorno do meu projeto Um thriller com a Bia e foi o maior sucesso, já comecei o ano com um favorito e digo que vai ser difícil que outro suspense tire essa perfeição do primeiro lugar de 2024. É um livro nacional com zero defeitos, aquele tipo de leitura que dá até orgulho de ter lido e que me deixou com vontade de sair falando dele para todos!
A premissa é totalmente diferente! Uma família que todos os anos invade galinheiros da vizinhança para r0ub4r galinhas já seria algo completamente inusitado, porém, a trama conta com algumas camadas que vão se desenvolvendo de maneira a nos deixar cada vez mais instigados para saber o que vai acontecer. São idas e vindas no tempo, narrativas intercaladas e segredos sendo revelados com o passar das páginas.
Não é um livro com grandes surpresas porque o autor vai dando indícios das atr0cidad3s cometidas pelo prefeito e pelo irmão, e também não é uma história cheia de ação, mas é uma leitura que nos envolve de tal forma que é quase impossível parar de ler. Somos fisgados por toda aquela m0nstrus1d4de, consumidos pela curiosidade para ver como tudo aquilo acontecia. É mórb1d0 e queremos ver cada detalhe.
Durante toda a leitura eu ficava imaginando como esses vilões seriam punidos e digo aqui, meus amigos, que o final não só é satisfatório como também nos questiona sobre justiça e moralidade. Faríamos o mesmo se estivéssemos naquela situação? Confesso que achei genial, um dos melhores desfechos que já tive o prazer de ler.
E perto das últimas páginas os acontecimentos vão ficando tão tensos que eu queria ler mais rápido do que os olhos conseguiam acompanhar, precisava de respostas, ia ficando cada vez mais angust1ad4 ao perceber que as páginas estavam acabando e ainda tinha tanta coisa para acontecer. Alerto para que alguns possam achar o começo mais lento e, talvez, um pouco cansativo, mas vale a pena ler, irão ter uma experiência de leitura excelente.
Minha nota para o livro
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