[Resenha] Quase Compatíveis

 

Título: Quase Compatíveis
Autor: Anna García
Editora: Galuba
Páginas: 300
Ano: 2022
*Cortesia da editora

Sinopse: Elliott e Rachel não são compatíveis porque têm origens muito diferentes.

Elliott e Rachel não são compatíveis porque moram em lados opostos da cidade.

Elliott e Rachel não são compatíveis porque têm empregos muito diferentes.

Elliott e Rachel não são compatíveis porque seus amigos não têm nada em comum.

Elliott e Rachel não são compatíveis porque seus hobbies não têm nada a ver um com o outro.

Elliott e Rachel não são compatíveis porque possuem prioridades diferentes na vida.

Elliott e Rachel não são compatíveis e jamais se cruzariam, mas…

Elliott e Rachel são compatíveis porque seus amigos intrometidos decidiram que são.

Elliott e Rachel são compatíveis porque, às vezes, 49% de compatibilidade é o suficiente.

Elliott e Rachel são… Quase Compatíveis.

Resenha

Elliot e Rachel têm apenas 49% de compatibilidade, o que quer dizer que não há muitas coisas em comum entre eles. Mas também quer dizer que, de alguma forma, existe a possibilidade de algo dar certo. Rachel não quer arriscar em um percentual tão baixo, só que o destino sempre a leva para o mesmo lugar...

Há alguns anos, Rachel estava noiva e feliz, alguns pontos no seu relacionamento a incomodavam e ela passava por cima deles para que seu noivo estivesse bem. Ela e sua melhor amiga tinham montado um escritório de advocacia e a vida profissional começava a deslanchar. Até que um dia ela pediu ao noivo que fosse até a casa que eles estavam reformando para receber o empreiteiro e tudo mudou. A princípio ela não poderia ir, só que um cliente desmarcou uma reunião, então ela foi e ao chegar na casa encontrou o noivo com outra mulher na cama. Ali foi o fim!

Rachel acabou ficando com a casa inacabada e muitos anos depois ela ainda não conseguiu dar continuidade a nenhuma obra, o resultado é uma casa linda por fora e um caos por dentro. Mas ela não se preocupa com isso, vive muito bem sozinha, embora sinta falta da companhia masculina. Sua melhor amiga resolve inscrevê-la em um site de relacionamento que mostra a compatibilidade das pessoas e forma encontros com casais mais compatíveis. Obviamente, Rachel achou a ideia péssima, só que a amiga insistiu tanto que ela resolveu ir aos encontros.

E com todo o azar que Rachel tem para o amor as coisas não poderiam ser diferentes, um pretendente pior que o outro. Ela já está cansada desses encontros quando surge um perfil com 49% de compatibilidade, ela não queria um percentual tão baixo, mas depois de ir a encontros desastrosos com pretendentes com mais compatibilidade ela resolve arriscar.

“Acho que estou tão preocupada em agradar, em ser o mais compatível com todos, que esqueci de ser compatível comigo mesma.”

Elliot destruiu a sua vida e jamais conseguiu se perdoar por todos os erros cometidos. Drogas e bebidas eram seu ponto fraco, ela tinha uma esposa que o amava e um filho a quem não dava valor. Depois de uma noite de farra, a sua vida mudou completamente e ele enfrentou as consequências pelos seus atos. O que não muda o fato de seu filho nem saber que ele existe e de não poder nem chegar perto dele. Elliot não é mais o mesmo homem, aquele acidente o jogou no fundo do poço e a única coisa que lhe dava forças para subir de volta pouco a pouco era a esperança de um dia reencontrar seu filho.

Elliot não quer saber do amor, não acha que seja digno de um sentimento tão puro. Seus amigos não aguentam mais vê-lo tão solitário e o escrevem em um site de relacionamentos. Quando Rachel vai ao encontro, Elliot não fazia ideia do que estava acontecendo e achou que ela era uma prostituta contratada pelos amigos. Claro que ela vai embora e jura nunca mais olhar na cara dele. Mas eis que o destino resolve juntar esses dois a todo custo porque por mais que eles se afastem, sempre acabam próximos novamente.

Minha impressão

Quase Compatíveis é um romance de tirar o fôlego e não por nos apresentar a um casal arrebatador (também), mas por nos mostrar que o amor pode, sim, transformar as pessoas. E aqui vemos a forma mais linda e pura de amor, o amor de um pai pelo seu filho.

Elliot já cometeu muitos erros e teve de lidar com as consequências, drogas e bebidas eram o maior problema, ele perdeu a esposa e o filho não pode mais chegar perto dele. Rachel pegou o noivo na cama com outra mulher e ficou arrasada, rompeu o noivado e entrou com uma ação para ficar com a casa. Ganhou, mas nunca teve força para prosseguir com as obras, o que resultou em uma casa com o interior caótico apesar da fachada linda. Sem saberem da existência uns dos outros, os amigos de Rachel e Elliot os inscrevem em um site de relacionamentos.

Rachel foi a alguns encontros por pura pressão da amiga e todos foram desastrosos, já Elliot não sabia de nada quando chegou num lugar que marcou com os amigos e lá estava uma mulher...  Rachel. Eles têm apenas 49% de compatibilidade, é um percentual muito baixo, porém, com o passar do tempo, eles vão se conhecendo melhor e descobrindo que para o amor não importa a porcentagem de compatibilidade.

Quando comecei a ler eu imaginava que iria odiar Elliot durante toda a leitura, mas não foi isso que aconteceu e gostei da forma como a autora conduziu a trama. Não foi passada uma borracha no passado nele e não teve aquela redenção forçada, nada disso. Ao longo do livro todas as suas atitudes foram condizentes com sua personalidade, o que me irritava em certos momentos, mas ele não foi transformado em um santo e isso fez toda a diferença!

O clichê de gato e rato é muito bem desenvolvido aqui e passei todo o livro torcendo para que eles ficassem juntos no final e que ele pudesse recuperar a guarda do filho. E o final, gente, que grata surpresa! O epílogo é lindo. 

Minha nota para o livro