[Resenha] Código-Mãe

9 de agosto de 2022

 

Título: Código-Mãe
Autor: Carole Stivers
Editora: Minotauro
Páginas: 288
Ano: 2022
*Cortesia da editora
Sinopse: Em um mundo devastado e perigoso – em consequência da ambição e da violência da humanidade –, o que significa ser humano? Quais as fronteiras entre nós e as máquinas que criamos? E até onde iríamos para salvar nossas mães?
O ano é 2049. O governo de uma grande nação mundial decide disparar uma arma biológica capaz de matar terroristas mesmo dentro dos mais inacessíveis esconderijos. Porém, nem tudo sai conforme os planos militares, e uma pandemia mortal se espalha pelo planeta. O destino parece certo: a total aniquilação da humanidade. E não resta muito tempo para que isso aconteça.
Como último recurso a fim de garantir um futuro à espécie humana, cientistas e engenheiros se juntam para criar as Mães: enormes robôs, construídos para gerar em seus ventres crianças imunes ao agente mortal. Um código especial permitiria, além disso, que cada robô fosse único, singular, desempenhando o verdadeiro papel de mãe da criança sob sua responsabilidade.
Anos depois, chega o momento de reunir as crianças sobreviventes. Mas, à medida que elas atingem a idade programada, suas Mães também se transformam – de maneiras imprevisíveis e aparentemente perigosas. Agora, cada uma dessas crianças deverá fazer uma escolha difícil: quebrar o vínculo partilhado com suas mães robóticas ou lutar com todas as forças para salvá-las?

Resenha
Em tempos de guerra, o país que conseguir a arma com maior potência teria uma grande vantagem sob os demais. E no ano de 2049 surge uma arma singular e poderosa, no entanto, ao mesmo tempo em que se mostra a solução para derrotar os inimigos, essa arma é extremamente perigosa e capaz de aniquilar nações inteiras. Não é uma arma comum, é uma arma biológica com efeitos drásticos.

Quando o governo coloca em prática o uso dessa arma biológica, algo terrível acontece, ela não só mata os terroristas como também atinge pessoas inocentes e de bem, uma pandemia está devastando o planeta. E é assustador, as pessoas começam a morrer, a população está sendo dizimada e o governo precisa encontrar um meio de proteger a espécie humana.
Depois de várias tentativas de vacinas contra essa arma biológica, nada dá certo. Mas há uma solução inusitada que pode funcionar. Muitos estudos foram feitos e engenheiros se uniram a cientistas para criar algo jamais imaginado, robôs projetados para servirem como úteros e serem capazes de gerar vidas. Os cientistas conseguiram programar uma defesa que inibe a ação devastadora no gene, porém, seria preciso criar toda uma nova geração imune à arma biológica.

E então, para que esses bebês pudessem nascer, seria preciso, também, um meio de gerá-los, e é quando o governo cria o projeto das mães robôs. O tempo está acabando, a humanidade está prestes a ser extinta. Uma série de programações são feitas nas mães, instruções para cada etapa da “gestação” e instruções detalhadas para o parto e possíveis imprevistos. Mas, o que fazer quando os bebês nascerem.
As mães deverão cuidar de seus bebês, a vida deles será a prioridade de cada uma delas... Custe o que custar. Mas sem outras pessoas no mundo, sem ninguém a quem recorrer para tirar dúvidas, essas robôs serão as responsável por popular o planeta novamente e educar uma nova geração. Mas as coisas não saem exatamente como os cientistas planejaram e alguns imprevistos acontecem.

Anos depois, já em 2054 os bebês começam a nascer e as mães farão de tudo para que eles sobrevivam. Tudo o que elas têm são as instruções dadas, uma espécie de manual, mas como proceder com as inconstâncias dos bebês? Como mantê-los seguros se parecem tão frágeis? E conforme eles crescem, vão se tornando cada vez mais independentes, fazendo suas próprias escolhas e indo contra aquilo que elas acreditam ser o certo. E quando, já crianças maiores, os filhos se unem e vão se distanciado das mães cada vez mais? Suas ações não parecem certas para as mães e elas precisam agir. Mas agora os filhos conseguem pensar sozinhos, o que eles farão?
Minha impressão
Código-Mãe é uma obra de ficção científica que traz uma premissa completamente instigante e a cada página a autora consegue nos deixar ainda mais interessados. Sim, temos muitos termos técnicos, mas a maneira como Carole os insere e os explica não deixa a leitura maçante nem lenta, pelo contrário, eu me sentia curiosa para entender o que estava acontecendo e não senti dificuldades nisso.

Tramas com robôs são sempre fascinantes para mim, acho intrigante o fato de inteligências artificiais conseguirem ter certa autonomia e Código-Mãe foi além de tudo o que eu já havia visto nessa temática e transformou robôs em mães, úteros para gestar uma nova geração imune a uma arma biológica que extinguiria a espécie humana. Para proteger a espécie, os cientistas e engenheiros criaram esse projeto e deu às mães robôs instruções para cada etapa da vida de um ser humano.

Inteligências artificiais são imprevisíveis, mas humanos também são. Deixar o futuro da humanidade nas mãos de robôs foi uma manobra arriscada, mas era a única possível. O que vai acontecer quando os bebês crescerem? Quando as suas ações forem contra aquilo que suas mães acham ser o certo? Elas tentam protegê-los a todo custo, tendo atitudes que os filhos podem não entender.

Mas, humanos também são imprevisíveis e instáveis. E um monte de humanos novos, sem contato com adultos, tendo como exemplos somente as mães robôs podem fazer coisas que não estavam nos planos dos cientistas.

Para quem gosta de ficção científica é uma excelente dica! E quem ainda não se aventurou pelo gênero também pode dar uma chance, vale a pena!

Minha nota para o livro

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