Título: Os Cem Anos de Lenni e Margot
Autor: Marianne Cronin
Editora: Planeta
Páginas: 352
Ano: 2022
*Cortesia da editora
Sinopse: Lenni é uma adolescente de dezessete anos, dona de uma personalidade especial e de muito carisma. Pode-se dizer que é uma garota cheia de vida... exceto que, segundo os médicos, ela está à beira da morte. Como um modo de preencher seus dias no hospital em que está internada e sozinha - e de cumprir uma aposta feita com o padre da capela -, Lenni começa a frequentar aulas de arte terapêutica. E é então que conhece Margot, uma senhora de oitenta e três anos, doce e de coração rebelde como o de Lenni. A conexão entre elas é intensa e imediata, e as duas percebem uma peculiaridade: juntas, têm um século de vida! Para celebrar esses cem anos que compartilham, decidem montar uma exposição de cem pinturas. Em cada uma, retratam uma memória importante dos anos que viveram. Histórias de paixão, juventude, amadurecimento, alegria, afeto, de quando se encontra em alguém o amor de sua vida. Histórias que merecem, sempre, ser compartilhadas.Lenni tem apenas dezesseis anos e muitos questionamentos, o maior deles, o mais importante de todos, é saber o porquê de estar morrendo! Apesar da morte iminente, Lenni não se deixa abater e procura preencher cada segundo do seu dia, afinal, logo não poderá fazer mais nada. Não que ela não se entristeça, que não lamente pelo curto período de vida, claro que ela gostaria de viver mais, porém, como não é possível, aproveita ao máximo o tempo que ainda tem.
Uma das coisas que ela mais gosta de fazer e nem mesmo entende o motivo de gostar tanto, é visitar a capela do hospital no qual está internada. Ela gosta de questionar o padre, lhe deixar sem palavras, fazer perguntas inteligentes e que exijam dele muita paciência e certa reflexão da vida e de Deus para serem respondidas. O padre Arthur gosta da visita da jovenzinha inconveniente que frequenta a capela e em pouco tempo os dois desenvolverão uma amizade.
Além do padre Arthur, Lenni faz uma outra amiga no hospital, uma amizade intensa e incomum, mas verdadeira. Margot é uma senhora de oitenta e três anos que já teve muitos obstáculos ao longo da vida e que ainda precisa enfrentar mais alguns. Margot fica surpresa com a estranha amizade entre as duas, mas gosta de passar os dias com Lenni.
Essa conexão entre elas surgiu com uma terapia diferente, através da pintura. As salas seriam divididas em grupo s com idades similares, mas Lenni exigiu ser colocada na sala dos idosos após ter conhecido Margot. Depois de mexer alguns pauzinhos, a equipe de enfermagem consegue atender ao pedido da menina e ela se torna a mais jovem da turma. E então, eis que surge uma grande ideia.
Certo dia, Lenni se dá conta de que seus dezessete anos somados aos oitenta e três de Margot formam cem anos. E é claro que ela não poderia deixar isso passar em branco, as duas juntas têm um séculos e precisam deixar isso registrado de alguma maneira. É quando as pinturas entram em cena. Lenni e Margot vão fazer uma pintura para cada ano de vida, vão contas suas lembranças e registrá-las nas telas.
Mas elas precisam levar em consideração de que estão internadas em um hospital e que já não têm mais todo o tempo do mundo. Então as duas amigas vão fazer o possível para deixar suas memórias registradas e, enquanto fazem isso, elas se divertem, compartilham suas histórias, viajam para lugares inusitados em tempos diferentes e vivem aventuras através das histórias uma da outra.
Minha impressão
Que livro encantador, gente! Os cem anos de Lenni e Margot é uma leitura que nos envolve e aquece nos corações, mas também é uma obra cheia de momentos de reflexão e que nos emociona.Lenni está internada e sabe que seu fim está próximo, mas não se entrega à doença e tenta ao máximo aproveitar cada dia de vida que ainda tem. No mesmo hospital que ela, está Margot, uma senhora incrível, animada e que embarca no projeto doido de Lenni. Lenni tem dezessete anos e Margot, oitenta e três. Juntas elas têm cem anos e Lenni decide deixar isso registrado, é algo que merece uma comemoração.
As duas amigas fazem pinturas para registrar suas memórias e seguem um ritual único que as une cada vez mais. Através de histórias contadas elas pintam suas memórias. Ambas compartilham momentos importantes de suas vidas, aquelas histórias marcantes que merecem ser pintadas e, assim, compartilham suas lembranças.
A maneira como a autora constrói a obra é tão envolvente que parece que estamos ali com elas, me senti sentada ao lado delas, com uma xícara de chá e um biscoito, ouvindo atentamente cada detalhe. Alguns momentos são de partir o coração, mas outros são cheios de ternura.
Além das protagonistas, alguns personagens secundários também chamam atenção, mas, dentre eles, o padre Arthur é quem mais se destaca e se torna importante para o que vai acontecer. Ele é bastante sábio e sabe exatamente como agir, como falar, para não magoar e dizer sempre a verdade.
É uma leitura emocionante, mas também temos momentos mais leves para descontrair. Um livro que recomendo!
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