[Resenha] Um Jantar Entre Espiões

8 de junho de 2022

 

Título: Uma Jantar Entre Espiões
Autor: Olen Steinhauer
Editora: Record
Páginas: 300
Ano: 2018
*Cortesia da editora
Sinopse: Em 2006, terroristas sequestraram um avião no Aeroporto de Viena, exigindo uma troca de reféns e determinados a não negociar. E, de fato, não negociaram – 120 pessoas foram mortas no incidente. Anos depois, quando um informante em Guantánamo afirma que os terroristas contaram com a ajuda de um traidor no posto avançado da CIA em Viena, o agente Henry Pelham é encarregado de investigar o assunto.
O problema é que, para fazer isso, ele precisará ir até a idílica cidade de Carmel-by-the-Sea, na Califórnia, para rever um antigo amor. Celia Harrison também fazia parte do grupo que trabalhava na Agência em Viena na época, mas decidiu abandonar a vida no serviço secreto para se casar e ter filhos. Ao se encontrarem para um simples jantar, os dois logo se veem em um jogo de manipulação e mentira, no qual ambos se perguntam o que o outro tem a esconder.

Resenha
Em 2006 aconteceu um terrível ataque terrorista a um avião que matou muitos inocentes e deixou marcas profundas na equipe da CIA responsável pela operação. Após o ataque, os agentes ficaram traumatizados e cada um deles reagiu de uma maneira diferente. Alguns continuaram na agência evitando ao máximo falar sobre o assunto, mas uma das agentes teve uma atitude drástica e abandonou tudo. 

Celia foi embora de uma hora para a outra, largou tudo o que tinha e foi morar na Califórnia, onde se casou e constituiu uma família. Aquela vida que levava na agência, cheia de adrenalina e perigos constantes ficou para trás, agora ela só mais uma mulher comum que trabalha, toma conta dos filhos, cuida da casa e ama seu marido. No entanto, a calmaria na vida de Celia está prestes a mudar...
O agente Henry era um dos responsáveis pela operação em 2006 e aquele evento também mexeu demais com ele, só que agora Henry precisa reabrir a investigação porque um prisioneiro afirmou que os terroristas que atacaram o avião tiveram ajuda de alguém de dentro da agência, ou seja, um traidor. Aqueles dias foram muito sombrios, ninguém gosta de falar sobre o ataque, mas quando o assunto volta à tona é preciso investigar e Henry quer esclarecer cada ponto que ainda não teve resposta e descobrir quem é o traidor. 

Henry e Celia eram amantes quando tudo aconteceu e ele não entendeu nada quando ela simplesmente desapareceu sem lhe dar nenhuma satisfação. Foi embora da sua vida e nunca mais entrou em contato. O que mais deixa Henry magoado é que na noite anterior à fuga de Celia ele havia pedido a ela para morar com ele. A resposta de Celia foi ir embora e não dizer o real motivo. Ele sempre fez tudo por ela. Cada atitude que tomou, cada decisão foi pensada no bem dela e foi dessa maneira que Celia retribuiu.
As investigações de Henry sobre o ataque ao avião o levam a um nome que não sai da sua mente, Celia. Durante o ataque ela fez uma descoberta que poderia bombástica e nunca contou para ninguém. O que teria descoberto e por qual motivo permaneceu calada? Seria por isso que Celia foi embora? Henry está em busca de respostas e Celia pode ajudar. Ele entra em contato com sua antiga amante e marca um jantar.
Minha impressão
Um Jantar Entre Espiões é uma trama de espionagem que prende o leitor desde as primeiras páginas e nos entrega uma trama instigante e cheia de pistas para podermos seguir e tentar descobrir a verdade. É uma leitura rápida, dá para ler em um ou dois dias e um dos recursos usados pelo autor é intercalar cenas do presente com o passado para podemos entender melhor o que está acontecendo. 

Desde o começo vemos o ponto de vista de Henry e acreditamos naquilo que ele nos conta, mas após alguns capítulos também começamos a ver as coisas segundo Celia e, assim, podemos ter uma visão mais ampla dos acontecimentos. 

Em 2006, um avião sofreu um ataque e, por coincidência, dentro do avião havia um agente disfarçado que estava passando informações para a CIA durante o ataque, mas ele foi descoberto e os terroristas o mataram. Ninguém sobreviveu, incluindo os sequestradores. Anos depois, um prisioneiro em Guantánamo afirma que os terroristas tinham um infiltrado na CIA e que o traidor os estava ajudando. Porém, o preso morreu e o caso precisa ser reaberto para uma nova investigação.

Henry sabe que Celia descobriu alguma coisa tão importante que a fez abandonar a vida de agente para levar uma vida simples na Califórnia. Ele precisa coletar todas as informações que ela tem, mas sabe que não será fácil. Celia sempre foi muito inteligente e sabe fazer jogos psicológicos como ninguém. 

Eu simplesmente não conseguia para de ler, desconfiei da pessoa errada e me surpreendi quando tudo foi revelado. O final me deixou chocada e adorei isso. Mas fiquei chateada com as últimas linhas. Eu queria tanto só mais uma frase. Algo simples para dar rumo ao destino de um dos personagens e isso fica aberto. É genial da parte do autor como ele encerra o livro, isso eu não posso negar, realmente brilhante.

Enfim, é um livro que recomendo demais a leitura! 

Minha nota para o livro


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