[Resenha] Celular

25 de outubro de 2018

Título: Celular
Autor: Stephen King
Editora: Suma
Páginas: 384
Ano: 2018
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*Cortesia da editora
Sinopse: Onde você estava no dia 1º de outubro? O protagonista Clay Riddell estava em Boston, quando o inferno surgiu diante de seus olhos. Bastou um toque de celular para que tudo se transformasse em carnificina. Stephen King - que já nos assustou com gatos, cachorros, palhaços, vampiros, lobisomens, alienígenas e fantasmas, entre outros personagens malévolos - elegeu os zumbis como responsáveis pelo caos desta vez.
Depois de anos de tentativas frustradas, o artista gráfico Clay Riddell finalmente consegue vender um de seus livros de histórias em quadrinhos. Para comemorar, decide tomar um sorvete. Mas, antes de poder saboreá-lo, as pessoas ao seu redor, que por acaso falavam ao celular naquele momento, enlouquecem.
Fora de si, começam a atacar e matar quem passa pela frente. Carros e caminhões colidem e avançam pelas calçadas em alta velocidade, destruindo tudo. Aviões batem nos prédios. Ouvem-se tiros e explosões vindos de todas as partes.
Neste cenário de horror, Clay usa seu pesado portfolio para defender um homem prestes a ser abatido, Tom McCourt, e eles se tornam amigos. Juntos, eles resgatam Alice Maxwell, uma menina de 15 anos que sobreviveu a um ataque da própria mãe.
Os três sortudos - entre outros poucos que estavam sem celular naquele dia - tentam se proteger ao mesmo tempo em que buscam desesperadamente o filho de Clay. Assim, em ritmo alucinante, se desenrola esta história. O desafio é sobreviver num mundo virado às avessas. Será possível?
Resenha
Clayton Riddel havia acabado de conseguir um bom negócio com a sua graphic novel, após anos de frustração ele finalmente teve uma resposta positiva e queria comemorar. Comprou um presente para sua ex-mulher e estava ansioso pra voltar para casa e tentar reconquistá-la, também queria muito ver o seu filho. Antes de voltar ao hotel no qual estava hospedado, decidiu tomar um sorvete... então o mundo mudou. As pessoas mudaram. O caos se espalhou.
“A civilização entrou na segunda idade das trevas em um rastro de sangue pouco surpreendente, mas com uma rapidez que não poderia ser prevista nem mesmo pelo mais pessimista dos futurólogos. Era como se estivesse engatilhado.”
Clay não tinha um celular, nunca quis ter, e isso poder ter salvado a sua vida. Na tarde de 1º de outubro aconteceu alguma coisa com os aparelhos celulares, um pulso (como ficou conhecido o evento) que transformou qualquer usuário que estivesse em uma ligação em um ser altamente perigoso, movido por um único instinto: matar.
Clay estava na fila do caminhão de sorvete quando tudo começou. Ele viu as pessoas ao seu redor falando ao celular e de repente elas passaram a agir de uma maneira estranha, até que começaram a atacar qualquer um à sua frente, sem dó, sem piedade. Eram como zumbis famintos. Para onde quer que olhasse a visão era a mesma, sangue por todo lado, pessoas sendo devoradas por outras pessoas, o pânico nos olhos daqueles que tentavam – em vão – fugir da morte trágica que os aguardava.

Completamente desorientado, Clay precisava encontrar um abrigo antes que fosse ter demais para ele. Em meio a todo o horror das ruas Clay encontrou com um homem que não havia sido atingido pelo pulso, Tom McCourt. Os dois se uniram para fugir dos “fonáticos” e Clay deu a ideia de irem para o hotel em que ele estava. O caminho não foi fácil e no trajeto eles viram muitas coisas que prefeririam não ter visto. Mas conseguiram chegar. Diante da porta do hotel, se deparam com uma adolescente em choque, toda ensanguentada, mas bem. Então resolveram ajudá-la também e lhe deram abrigo.
Alice se juntou ao grupo e juntos eles tentam entender não o que está acontecendo, mas como sobreviver a isso. Clay precisa encontrar o seu filho e seus novos amigos vão tentar ajudá-lo. Ao obervar os fonáticos o grupo percebeu que eles não saem à noite e com o passar do tempo esses zumbis foram adquirindo algumas habilidades que os tornavam ainda mais assustadores. Andavam sempre em hordas e aparentemente eram capazes de fazer telepatia. 

Na jornada em busca do filho, Clay e os outros chegaram a um colégio onde puderam compreender um pouco mais todo o horror no qual o mundo foi lançado e onde conheceram Jordan, o novo integrante desse grupo de normies.  Analisando melhor os fonáticos, eles tiveram a ideia de tentar destruir o maior número possível, mas ao tentarem fazer isso eles se depararam com algo ainda maior. 

Por trás de tudo existe um ser que invade as mentes deles enquanto dormem, ele lhes dá ordens e os confunde e ele ficou furioso com o ataque ao fonáticos. Esse esfarrapado sabe do que cada um tem medo, os conhece intimamente e tem todas as armas ao seu dispor para feri-los. 
Minha impressão
Como eu estava curiosa com esse livro. Há alguns meses eu assisti ao filme e adorei, mas o final me deixou pensativa porque ficou muito vago e algumas coisas não tiveram explicação. Quando eu vi que a Suma ia publicar esse livro eu fiquei muito ansiosa para ler. E digo uma coisa, eu adorei a leitura. Stephen King inovou totalmente o apocalipse zumbi e nos trouxe uma trama extremamente sangrenta, instigante, cheia de suspense e ação.

Celular tem uma premissa muito interessante e bem louca também, ver que de uma hora para a outra as pessoas que usavam um aparelho celular começam a se matar brutalmente é assustador e King descreve cada detalhe com precisão. Ninguém sabe o motivo ou como exatamente isso aconteceu, especulações surgem, mas nada concreto. A única coisa que se sabe é que não é seguro fazer ligações.

É impossível ler o livro e não refletir sobre como a tecnologia vem agindo em nosso cotidiano. Existem pessoas que não largam o celular praticamente para nada e estão o tempo todo conectadas, claro que a tecnologia e a internet são extremamente úteis, mas tem gente que passa dos limites e acho que o livro nos passa uma mensagem sobre isso, sobre usarmos essas coisas a nosso favor e não para nos alienar, para vivermos a vida e não só tirar fotos dela enquanto a vemos passar.

Eu gostei demais do livro, é tudo tão intrigante que não dá vontade de parar de ler até chegar ao final. Mesmo já conhecendo um pouco por ter assistido ao filme eu me surpreendi com a leitura. 

Minha nota para o livro

11 comentários:

  1. Uau! Stephen King mais uma vez nos impressionando com sua mente poderosa. Acredito que além de uma grande e alucinante aventura, seja uma enorme lição sobre o mau uso que temos feitos da tecnologia, as pessoas estão mesmo parecendo zumbis em tantos aspectos.
    Não sabia que tinha o filme, acho que vou optar pela emoção das letras antes de viver na telinha.
    Abraços! 😊

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  2. Concordo com você. Ainda não li esse livro, mas só pela resenha já me peguei pensando no quanto fico próxima do celular por muito tempo e o quanto a maioria das pessoas fica ainda mais!
    Confesso que minhas últimas leituras de King não foram muito excitantes, por isso dei uma parada, contudo tenho muita vontade de ler Celular e It. Espero gostar do livro!
    Obrigada pela dica =)

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  3. Olá!
    Sou fâ condicional de King, mas esse ainda não e pior cai na besteira de assisti ao filme e não gostei rs
    Terminei recentemente dele Outsider que AMEI! Apesar do spoiler que recebi do próprio autor rs
    Parabéns pela resenha. Beijos!

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  4. Oi Beatriz, tudo bem?

    Não conhecia esta obra do King e já estou aqui querendo, pois por tudo que você narrou, creio que irei amar. Acho bastante interessante o enredo proposto, é bem diferente de outros apocalipses e de certa forma me lembrou um pouco de "Black Mirror". O celular realmente se tornou viciante e isso é assustador. Adorei sua opinião!

    beijos!

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  5. Oi Beatriz!
    Eu não conhecia esse livro e nem sabia que tinha um filme. Apesar de não ser a maior fã de histórias de zumbis, achei diferente o modo como o "vírus" se espalha. Pelo celular... Interessante!
    Como é Stephen King, certeza que tem muito sangue e aquelas doideiras que ele tanto gosta. Não sei se leria agora, mas achei diferente a proposta.
    Bjss

    http://umolhardeestrangeiro.blogspot.com/

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  6. Oi, Bia.
    Morro de vontade de ler algum livro do King, mas como sou medrosa para terror, acho que esse não deve ser o melhor para mim!! kkkkk Tenho uma certa agonia com coisas de zumbis e pensar que as pessoas já estão meio "zumbificadas" pelos celulares me deixa mais tensa em relação a essa história! Rs...
    Acho que preciso começar com um mais levinho!
    Beijos
    Camis - blog Leitora Compulsiva

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  7. Oi Bea, tudo bem?
    Adorei sua resenha, embora não tenha lido nada do King ainda. Tenho o livro It a coisa, que pretendo ler com o pessoal do projeto de leitura de todas as obras do autor. Mas sua resenha está ótima, me deu vontade de ler esse. Bjs

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  8. Olá!
    Fiquei com a impressão de já conhecer esses personagens de algum conto do SK, mas posso estar enganada. A escrita do cara é incrível e sempre nos deparamos com elementos intrigantes, sombrios.
    Tem um tempo que não pego nada dele para ler e essa me pareceu uma boa pedida, fiquei curiosa para saber o desfecho dessa história e a relação do Celular com os fatos macabros.
    Beijos!

    Camila de Moraes

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  9. Oi!
    Ainda não li nada do autor, mas os comentários que vejo sobre suas obras são sempre tão positivos que eu tenho vontade de comprar todos os livros dele. Eu queria ter lido alguma coisa esse ano, mas acabou fugindo do meu controle e terei que adiar a leitura :/ o que é uma pena. Fico feliz que você também gostou do estilo de escrita do autor e isso me deixou bem empolgada.
    Beijos!

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  10. Oiee Bia ^^
    Eu gostei bastante da premissa desse livro, mas achei o final um pouco ruim...haha' senti que foi muito corrido e queria muito uma explicação para tudo o que aconteceu. Sem contar que eu não consegui torcer nem gostar de nenhuma personagem, então não fui totalmente envolvida pelo livro :/
    MilkMilks ♥

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  11. Olá,
    Sua resenha foi bem interessante esse livro do king eu não tinha ouvido falar mais é bem intrigante saber que o celular transforma as pessoas em zumbi é meio uma loucura, mais que me deixou curiosa o suficiente para querer ler vou anotar a dica.

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