DE LAURA HILLENBRAND
Preciso dizer aqui que estou maravilhada com esse livro, é muito mais que uma lição de vida, nos mostra como é impressionante a capacidade do ser humano de reagir quando levado à situações extremas, quando se pensa que chegou no fundo do poço e descobre que ainda tem um longo túnel embaixo dele, o que Louis Zamperini viveu é incrível e até difícil de acreditar. O livro também relata outros casos de prisioneiros de guerra que viveram atrocidades e ,ainda, dos que não sobreviveram. Agora vamos à resenha.
Laura Hillenbrand, durante 7 anos, pesquisou sobre o principal personagem desse livro, Louis Zamperini, recolheu muitos testemunhos, fez inúmeras entrevistas, ouviu gravações, pesquisou recortes de jornais, leu muitas cartas, fez uma investigação profunda e contou com a ajuda de muitos dos personagens citados na obra, Louis contribuiu incansavelmente para que o livro relatasse sua experiência, muitos dos contribuintes não viram a obra publicada, pois faleceram antes, mas deixaram sua marca.
O livro começa com um momento crítico, à deriva durante 27 dias, estão três amigos ( em dois botes, um só para o piloto pois está com ferimentos mais graves ) que tiveram um acidente com um avião da Força Aérea do Exercito dos Estados Unidos, seus corpos queimados pelo sol, cheios de chagas e esqueléticos por falta de alimento, estão rodeados de tubarões esperando para comê-los, então avistam um avião e, no que seria o tão ansiado resgate, acendem o sinalizador para serem avistados, deu certo o avião voltou e para a surpresa e desespero deles, o avião era do inimigos, eram japoneses e os metralharam, sem saída os homens lançaram-se na água, esquecendo do outro risco que corriam, os tubarões, os tiros cessaram e eles voltaram ao bote mais inflado, porém o bombardeiro japonês retornou para mais uma investida, dois homens estavam cansados para pular no mar novamente e ficaram sobre o bote, mas Louis se jogou na água e ali em baixo do bote pode fitar os tubarões famintos em sua direção.
O livro volta alguns anos, começa então uma narrativa sobre o passado de Louis antes da guerra. Aos 5 anos começou a fumar e aos 8 ingeria bebida alcoólica, cometia muitos furtos e era um rebelde, mas na adolescência descobriu um talento para a corrida, então canalizou a rebeldia no atletismo, era um vencedor nato e até chegou às olimpíadas de Berlim, ganhou muitas competições, quebrou muitos recordes, tinha êxito na sua carreira de atleta, famoso aparecia nos jornais e tinha tudo para ganhar a medalha de ouro nos jogos seguintes, mas deu-se então o início da 2 Guerra Mundial e ele foi obrigado a desistir de seu sonho para viver um pesadelo que parecia sem fim.
Após terem sobrevivido ao episódio do bombardeio, descrito na primeira página, continuaram na luta pela sobrevivência no mar, ali enfrentaram momentos muito difíceis, depois de semanas finalmente avistaram uma ilha, mas ao remarem em direção a ela um navio japonês os capturou, começou então o maior horror que eles se quer poderiam imaginar.
Não posso contar muito, mas podem se preparar para grandes choques, Laura descreve em detalhes as piores torturas sofridas por Louis e outros prisioneiros de guerra. Louis foi escravizado, torturado, humilhado e se recusava a ser vencido, o que lhe causou diversos danos. Invencível, assim como descrito na capa, é uma história de redenção e sobrevivência.
O que me resta é indicar essa leitura e dizer meu fascínio, não apenas pelo livro, mas pela história de Louis Zamperini. Em Invencível temos um banho de história, por mais que eu soubesse de quão trágica foi a guerra, eu jamais imaginei os fatos como foram descritos por Laura, Louis e todos que colaboraram nos levam a enxergar a guerra com outros olhos, por um ponto de vista diferente, são tantos detalhes que me pergunto: até onde pode chegar a maldade humana?
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