[Resenha] Brutal

4 de fevereiro de 2022

 

Título: Brutal
Autor: Luke Delaney
Editora: Fábrica 231
Páginas: 416
Ano: 2015
*Cortesia da editora
Sinopse: O que levaria alguém a golpear outra pessoa na cabeça e, na sequência, esfaqueá-la 77 vezes? O garoto de programa Daniel Graydon jamais imaginaria que encontraria tamanha perversão nos clientes com quem saía. Mas viu seu fim se aproximar ao ir contra sua regra de ouro: nunca levar os homens para casa. Seu parceiro sexual e algoz, porém, tinha algo de sedutor e era difícil recusar a proposta de uma noite regada a sexo, e muito bem paga. Daniel tornara-se apenas uma das vítimas de um personagem sombrio, cuja pulsão pela morte o levava a matar com regularidade e método. Cada morte representando um passo adiante no aperfeiçoamento da macabra arte de tirar vidas: cruel, dolorosa, limpa e sem pistas. Um desafio para a polícia de Londres e sua divisão de Crimes Graves do Grupo Sul, liderada pelo atormentado detetive-investigador Sean Corrigan.
Brutal é o primeiro thriller policial de Luke Delaney, que serviu por muitos anos na polícia londrina investigando crimes diversos, dos cometidos por assassinos em série aos resultados de conflitos entre gangues e máfias. Nos livros de Delaney, Sean Corrigan é o herói que encarna a missão de desvendar mortes e descobrir quem os cometeu, e fazê-los pagar. O violento passado do detetive fez com que ele desenvolvesse a incrível habilidade de reconhecer o mal onde quer que ele esteja. Ele sabe que precisa ser rápido o bastante para evitar que o assassino faça sua próxima vítima.

Resenha
Ele não tem piedade de suas vítimas, tortura cada uma delas antes de matá-las cruelmente. A brutalidade do ato lhe dá prazer, quanto mais a vítima sofrer mais ele se regozija. E seus crimes estão deixando a polícia intrigada, o assassino implacável não deixa pistas, nada que possa ligá-los aos assassinatos. Uma morte após a outra e ele brinca com a polícia, ri na cara da investigação, sabe que jamais será descoberto. Seus métodos são infalíveis.

O detetive Sean Corrigan está disposto a fazer qualquer coisa para encontrar esse monstro que vem atacando a cidade e espalhando o medo entre as pessoas. Ninguém sabe quem ele é, ninguém sabe nada sobre qualquer coisa que possa levar à identidade ou a alguma pista sobre o homem, mas Sean tem algo que o diferencia dos demais investigadores, um passado de abuso infantil que o deixou com a alma tão sombria quanto os bandidos a quem persegue.
Esse psicopata é extremamente inteligente e conhece as táticas policiais, ele tem um grande conhecimento em perícia forense e sabe como fazer para desaparecer com os vestígios que possam identificá-lo ou, pelo menos, fazer com que a polícia se aproxime dele. Suas vítimas não têm nada em comum, não são do mesmo sexo, não moram na mesma cidade, não se conhecem, não há nenhuma ligação entre elas. E ele muda o padrão todas as vezes, o que torna difícil ligá-lo aos crimes no começo, mas o detetive Sean tem um sexto sentido que não falha nunca.

Enquanto tenta encontrar esse cruel assassino, Sean luta contra o monstro que tem dentro de si. Ele não quer se igualar ao homem que vem matando cruelmente por South London, mas sabe que a escuridão de sua alma é igual ao psicopata que está caçando. Sean sente uma estranha ligação com esse homem, sabe que poderia estar no lugar dele, fazendo as mesmas coisas, torturando, estuprando e matando. Mas Sean luta diariamente para impedir que o seu monstro interior venha à tona.
Quando reúne informações suficientes, Sean acredita que tem um suspeito. O problema é que não pode confrontá-lo, não pode correr o risco de assustar seu alvo e fazê-lo se esconder e sumir de vista para sempre. Sean precisa agir com cautela e montar um esquema que dê certo, precisa da ajuda de sua equipe, precisa confiar neles. Mas será capaz de fazer isso? Sean conseguirá se controlar? Conseguirá ficar à espreita esperando pelo momento certo de agir?

Enquanto isso, o assassino continua a matar. Terá deixado pistas falsas ou o que a polícia descobriu faz parte do seu plano? Ele quer o reconhecimento, a glória? Quer que o mundo finalmente saiba do que ele é capaz? Ou estará mais uma vez brincando com a polícia?
Minha impressão
Vocês sabem que o gênero policial é o meu preferido, não sabem? Gosto de ler sobre serial killer, de acompanhar investigações e tentar descobrir quem está por trás de tudo. Quando eu vi a sinopse de Brutal eu fiquei tão intrigada que não poderia deixar de ler, a premissa é interessante e tinha tudo para ser uma das melhores leituras do ano passado para mim, mas infelizmente não foi bem assim e se tornou uma leitura mediana. Não que o livro seja ruim, mas eu esperava muito mais dele.

Um psicopata que tortura suas vítimas antes de matá-las brutalmente, um detetive com histórico de abuso infantil no passado, uma investigação com ritmo frenético e uma corrida contra o tempo para prender o assassino antes que ele cometa mais crimes. O assassino conhece a perícia forense e consegue esconder as pistas que poderiam identificá-lo, a cada crime a polícia tenta encontrar qualquer vestígio que possa levá-los ao assassino e não acham nada.

A ideia do livro é excelente, só acho que não foi tão bem desenvolvida. O autor tinha uma premissa brilhante em mãos e não a explorou de modo a deixar a leitura instigante. As cenas ficam repetitivas e o autor descreve em detalhes cada tortura, cada estupro.

É um livro pesado, e digo isso a vocês como ALGUÉM QUE LÊ ESSE TIPO DE LIVRO O TEMPO TODO por ser meu gênero preferido, mas Brutal foi além do que eu consigo suportar e teve momentos de eu precisar parar a leitura. Algumas cenas poderiam não ser descritas com tantos detalhes, era como se eu estivesse presenciando os estupros e a brutalidade (o título faz jus à trama) é intensa demais.

Mas esse é o primeiro volume de uma série que mostra o detetive Sean Corrigan em ação, então os demais livros vão ser com outros assassinos. Apesar de não ter sido a leitura que eu esperava, gostei de ter lido Brutal. Só deixo meu aviso de gatilho e recomendação para ler se tiver estômago forte. 


Minha nota para o livro

Nenhum comentário:

Postar um comentário