[Resenha] A Rainha Perdida

20 de novembro de 2020

 

Título: A Rainha Perdida (Livro #1)
Autor: Ana Cristina Melo
Editora: Opala
Páginas: 368
Ano: 2020
*Cortesia da editora e da LC Agência de Comunicação
Sinopse: O mundo passou por guerras, escassez de recursos naturais e tragédias ambientais devastadoras. Aghaia, um dos países criados após a nova divisão mundial, é governada por Petrus, um Rei que mantém um controle cruel, justificado pela manutenção da paz. Dividida em Distritos, de onde seus moradores não podem sair, Aghaia nada deixa faltar à subsistência de sua população, mas o preço é alto. Quem vive à margem da Capital precisa cumprir uma cota de 14 horas diárias de trabalho. Ellena nasceu no Distrito Sete, e cresceu descobrindo que nada é o que parece, como o fato de terem abolido do dicionário a palavra “liberdade”, entre tantas outras. Na busca por um futuro diferente, Ellena realiza o sonho de se tornar uma Admitida e poder se mudar para a Capital. Mas o que parecia ser a solução para sua vida e de sua família, logo se mostra um grande pesadelo e uma viagem sem volta, na qual Ellena terá que aprender os caminhos para fugir do labirinto político de Petrus e dos labirintos do seu próprio coração.

Resenha
Aghaia é um lugar onde não há fome nem violência, todas as necessidades das pessoas são atendidas pelo governo e aparentemente a população tem qualidade de vida. Agahia é dividida em Distritos e em cada um deles as pessoas são restritas apenas à sua área, ou seja, não é possível transitar pelos distritos ou ter contato com eles. A Capital é completamente murada e ninguém tem permissão para passar, somente os Admitidos têm o privilégio de ir morar na Capital. Mas a realidade nos Distritos é cruel, as pessoas vivem com medo das leis injustas da Capital e são obrigadas a trabalhar exaustivamente durante toda a vida a partir dos quinze anos até o dia de sua morte, os idosos não são poupados, apenas podem trabalhar sentados.

Ellena nasceu no Distrito Sete, ela mora com o pai, mãe, irmã mais nova e o avô, e todos os dias Às cinco horas da manhã todos os moradores do distrito devem estar na Praça Central para ouvir um pronunciamento do Rei. Ela e a família caminham duas horas para ir e para voltar ao trabalho e precisam completar a jornada de quatorze horas diárias. Mas o avô de Ellena está doente e não está dando conta da caminhada e do trabalho, ela o está ajudando clandestinamente, mas se forem pegos a família será punida e o avô será pela Guarda da Assistência, mais uma lei cruel da Capital que obriga os idosos muito doentes e que não podem mais trabalhar a se afastarem da família.
De tempos em tempos a Capital seleciona os jovens mais talentosos de cada distrito para serem admitidos, são jovens com um futuro promissor pela frente e que se destacam em suas profissões, somente os melhores são escolhidos. Cada Distrito é responsável por um grupo de produtos e no Distrito Sete são produzidos tecidos, suas fábricas fazem lã, seda, algodão, linho e uma variedade de tecidos para que sejam produzidas vestimentas e  roupas de cama, mesa e banho. Ellena gostaria de ser professora e até tinha sido admitida para a vaga, mas precisou levar o avô ao hospital e perdeu a oportunidade.

A jovem gosta muito de ler e de escrever também, embora a leitura e a educação em cada distrito sejam restritos pela Capital, Ellena consegue ler alguns livros de grandes filósofos e tem uma opinião bem formada de como é a política de Aghaia, só não pode fazer nada para mudar as coisas porque se juntar ao grupo de rebelião poderia fazer mal à sua família. Ela sonha em ser uma Admitida, dessa forma a sua família conseguiria algumas regalias e ela poderia proteger o seu avô, porém, quem entra na Capital nunca mais pode voltar para os Distritos e não pode ter contato com a família.
No dia do casamento de sua melhor amiga Vick o Rei faz um pronunciamento e revela que serão selecionados novos Admitidos, tanto Ellena quanto Vick estão entre eles e a partir de então tudo mudará para sempre na vida delas. Vick sonha que um dia encontrará novamente com George e que eles poderão se casar na Capital, já Ellena acredita que sua família viverá melhor agora que ela estará na Capital. Ellena tem  um namorado no Distrito Sete, mas ela não o ama e vê a sua ida para a Capital como uma maneira mais educada de terminar com ele sem deixá-lo magoado, mas Hector fica desolado ao ver a sua amada partir e lhe promete que dará um jeito de entrar na Capital para poder viver com ela.

Ao chegar à Capital, Ellena descobre um lugar luxuoso e cheio de fartura, totalmente diferente de como é a vida nos Distritos. Ela logo entende que as leis ali são diferentes e o Rei Petrus é um tirano que não pode ser contrariado. Ellena foi admitida para ser escritora real e deverá escrever os pronunciamentos do rei, mas ela vai ver muitas coisas que a deixarão furiosa com ele. Além de todas as descobertas, foi criado um concurso para escolher a nova pretendente do príncipe herdeiro e Ellena estava entre as candidatas mesmo contra a sua vontade, mas com o tempo o príncipe Reed consegue conquistá-la e isso só gera ainda mais confusões porque ela estava começando a se envolver com o príncipe Lukhas que é o mentor dela. E como se isso não bastasse, Ellena terá em mãos um segredo que poderá acabar com a tirania do Rei Petrus e mudas as coisas tanto na Capital quanto nos Distritos, no entanto, a jovem vai correr risco de vida e precisará se manter em segurança.
Minha impressão
A Rainha Perdida é um livro nacional que nos traz uma história distópica completamente interessante, a premissa do livro tinha me deixado muito curiosa, então criei altas expectativas para a leitura e não me decepcionei. Esse é o primeiro volume e nos introduz ao universo criado pela autora e nos apresenta os personagens, nesse primeiro livro já podemos escolher nossos favoritos e temos muitas surpresas ao longo das páginas.

Aghaia é um país dividido em distritos e tem uma Capital que dita as regras. Ninguém pode ir à Capital sem permissão e também não se pode transitar entre os distritos, a única forma de sair é sendo um Admitido, que são jovens talentos que a Capital seleciona de tempos em tempos. Ellena mora no Distrito Sete e é uma das Admitidas, ela vai ser a nova escritora real. Ir para a Capital sempre foi o sonho dela, mas ao chegar lá o seu sonho se transforma em um pesadelo e ela vê toda a crueldade mascarada de vida farta e luxuosa, tão diferente dos distritos.

A temática do livro me lembrou de Jogos Vorazes (que eu amo) e em um determinado momento começa a ter uma certa influência de A Seleção também, então quem gosta desses dois universos já pode dar uma chance para A Rainha Perdida porque vale a pena! A trama é bem detalhada, mas a leitura não fica cansativa porque a autora tem uma escrita fluída e nos entrega uma história envolvente e a cada capítulo temos descobertas que nos deixam mais curiosos para ver o que vai acontecer.

Apesar de o grande segredo do livro poder ser facilmente descoberto logo no começo, a autora conduz a trama de uma maneira que nos deixa presos à leitura e gostei de ver as explicações que ela deu. Ellena é um pouco imatura em alguns momentos, mas ela ainda é muito jovem e esse é o primeiro volume, acredito que ela vai amadurecer bastante. Eu não gosto de triângulos amorosos, mas não fiquei incomodada aqui porque fica claro desde o começo que um dos lados desse triângulo entendeu errado as coisas.

Bom, o final do livro é em um momento crucial na trama, logo quando está prestes a acontecer algo importante e estou mega curiosa para o próximo volume. Gostei bastante de A Rainha Perdida e recomendo a leitura!

Minha nota para o livro

Nenhum comentário:

Postar um comentário