[Resenha] Tamara Jong: A Última Flor do Paraíso

Título: Tamara Jong: A Última Flor do Paraíso (Livro #5)
Autor: José M. S. Freire
Editora: Publicação independente (Amazon)
Páginas: 361
Ano: 2020
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*Publieditorial

Sinopse: Com sua operação militar batizada de “A Grande Ofensiva” em andamento, os revolucionários ulianos, que lutam para tirar a raça dominadora chamada moneras do poder, pretendem minar suas forças atacando-as em todos os cantos do planeta. Eles continuam contando com a preciosa ajuda de Tamara Jong e seus companheiros terráqueos, que se engajaram, decididamente, em sua luta para libertar Úlion das terríveis criaturas verdes, lideradas pelo implacável ditador Guaxaltopac.
Em seu afã para ajudar os rebeldes a derrotar as moneras, Tamara e seus amigos participam de missões difíceis e arriscadas, que os levam a enfrentar perigos terríveis nos lugares mais remotos do planeta, e até mesmo fora dele. E como se já não bastasse lutar esta guerra cruel contra o inimigo comum, cada um de nossos heróis, no decorrer de sua difícil campanha, acaba por se envolver em conflitos de cunho estritamente pessoal, para salvar pessoas inocentes das garras de criaturas más, que as condenaram a uma vida de dor, sofrimento e angústia para satisfazer seus desejos mesquinhos e egoístas.

Não contém spoiler dos livros anteriores 

Leia as resenhas dos demais volumes da série:

O Chamado de Úlion | A Jornada da Morte | A Lua Negra de Patânia | Caçada Cósmica

Resenha

Decididos a tirar as Moneras do Poder, Zorach e os demais rebeldes organizam um plano ousado e que pode trazer muitas baixas, mas é um ótimo plano e eles precisam arriscar. Tamara Jong e seus amigos terráqueos não poderiam ficar de fora, eles já se envolveram demais com os ulianos e se sentem parte da revolução, essa guerra também é deles. A ideia é atacar em várias frentes, para isso, os revolucionários foram divididos em algumas equipes.

As moneras estão mais resistentes e derrotá-las não é uma tarefa fácil, os guerreiros sabem disso. Os grupos têm as suas missões, cada um deles está responsável por uma parte importante do plano. Nós vemos o ataque contra as moneras se desenvolver e o acompanhamos em suas vertentes, ao mesmo tempo em que nossos rebeldes lutam para livrar Úlion eles também se deparam com situações com as quais se envolvem inesperadamente e precisam decidir o que fazer.

Enquanto atacava a Usina, André conheceu um menino que vivia de roubar a comida dos funcionários de lá, ele fugiu de casa porque seu pai abusava dele e de seus irmãos. André conseguiu resgatar Ibrahim antes que o lugar fosse destruído e o menino pediu para seguir jornada com ele. O jovem é filho de um homem importante que abusa de seu poder. A vila onde eles moram é atacada constantemente por um Grippo e ninguém pode fazer nada contra isso, pois o pai de Ibrahim fez um acordo com o monstro para que em determinadas noites a comunidade lhe oferecesse uma de suas moças, dessa maneira, o Grippo leva uma vítima e poupa das demais.

Zorach vai precisar enfrentar sozinho os perigos que o destino reservou para a sua missão, serão dias e noites em que ele vai duvidar se conseguirá sair vivo, serão momentos tensos, mas desistir não está nos seus planos, o desejo de derrotar as moneras é mais forte, ele tem que libertar o seu planeta. Vitor ficou responsável por entrar em contato com um mercenário para conseguir armas, mas essa missão o levou a outra de cunho pessoal, é um resgate e ele não poderá contar com a ajuda de seus amigos nesse caso.

Débora e Lorena eram do grupo responsável por destruir uma metalúrgica, mas durante o ataque elas ficaram encurraladas e precisaram encontrar um meio para fugir, nos próximos dias a terráquea e a uliana vão se deparar com descobertas que trarão muitas explicações sobre Úlion. Rodrigo participava de uma missão de sabotagem que explodiria torres de transmissão de energia elétrica, mas o seu grupo foi surpreendido por uma patrulha de moneras e eles tiveram que fugir. Rodrigo acabou indo parar na Capital e para tentar sair de lá em segurança ele teve uma ideia arriscada e que poderia dar certo, no entanto, ele encontra alguns imprevistos pelo caminho.

Por fim, temos a nossa heroína Tamara Jong com seus amigos Maí-Turá e Catú. Após um erro gravíssimo de Catú, Tamara foi ejetada em uma capsula que foi atraída pelas forças gravitacionais de um planeta próximo. Tamara vai enfrentar uma situação terrível, a sua vida novamente estará em risco e as possibilidades de conseguir escapar são mínimas, sua condição é repugnante. Além disso, Tamara ainda precisa tomar uma difícil decisão, é algo que ela gostaria de não fazer, mas não tem certeza de que realmente tenha a opção de recusar essa tarefa que lhe foi designada.

Minha impressão

Tamara Jong: A Última Flor do Paraíso é o quinto volume da série e foi o livro que mais me emocionou. O primeiro capítulo me fez chorar com os acontecimentos, foi algo tão inesperado, eu tinha certeza de que as coisas seriam diferentes, mas esse fato só aumenta a qualidade da obra. Já falei anteriormente, mas preciso ressaltar que a cada livro dessa saga o autor amadurece demais a sua escrita e nos entrega uma obra que nos agrada, nos conquista.

Os rebeldes ulianos organizaram um plano para tirar as moneras do poder, é um plano ousado e que vai contar com várias equipes para atacar simultaneamente em diferentes pontos de Úlion, e, claro, a terráquea Tamara Jong e seus amigos não poderiam ficar de fora. Em cada capítulo nós acompanhamos os personagens principais em suas equipes e vemos o plano se desenvolver, mas imprevistos acontecem e nossos personagens precisam enfrentar os obstáculos que surgem pelo caminho.

José M. S. Freire possui uma escrita muito gostosa e soube organizar cada capítulo de maneira que ficamos ansiosos para ver o que vai acontecer quando encontrarmos o personagem do capítulo anterior novamente. Ao final, vemos se formar um cenário com as históricas de cada um e vemos que elas têm ligação. E se o primeiro capítulo me deixou abalada, nada havia me preparado para os últimos acontecimentos com Tamara Jong. Essa terráquea corajosa não para de me surpreender. O último capítulo me deixou com o coração apertado. Acontecem duas situações com a Tamara, uma delas me fez temer pelo futuro da protagonista e a outra me deixou muito triste. O final do livro é triste, doloroso e lindo. Confesso que terminei essa leitura com lágrimas nos olhos.

E, felizmente, essa saga não termina aqui. Quero descobrir o que os próximos volumes vão contar!

Minha nota para o livro