[Resenha] Tamara Jong: Caçada Cósmica

Título: Tamara Jong - Caçada Cósmica (Livro 4)
Autor: José M. S. Freire
Editora: Publicação independente (Amazon)
Páginas: 411
Ano: 2019
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*Publieditorial

Sinopse: Dispostos a infernizar a vida do ditador de Úlion, o governador Guaxaltopac, os revolucionários ulianos, que lutam para tirar as moneras do poder, decidem praticar uma ação terrorista espetacular durante a abertura da edição anual do Festival dos Povos, um evento grandioso organizado na capital do planeta, Cetérion. O festival, que engloba competições esportivas, apresentações artísticas e shows de variedades, e conta com a participação, e a audiência, de seres de praticamente todo o universo, serve como uma vitrine para o tirano passar a imagem de que "o seu querido planeta” é o melhor dos mundos. Por isso mesmo os rebeldes decidem agir para chamar a atenção do público de vários outros planetas, com os olhos voltados para o grandioso espetáculo, mostrando para todo mundo que Guaxaltopac é um déspota com quem a única forma de negociação possível é a violência.
Obcecada, como sempre, em “acabar com a raça das moneras”, Tamara Jong é um dos comandos. Sua participação no esquema, junto com alguns companheiros ulianos, é crucial para o sucesso da missão. Infelizmente para os rebeldes, algo totalmente inesperado e inconveniente acontece, acarretando, entre outras consequências funestas, a captura da coreana por Guaxaltopac. Porém, ao invés de ser levada para a prisão, onde seria, provavelmente, torturada e executada, Tamara recebe autorização para realizar uma espantosa tarefa, que a faz se lançar pelo cosmos numa verdadeira “caçada” a um alienígena que roubou um “bem preciosíssimo”, tanto seu quanto do ditador.
Para resumir a história, a intrépida heroína, mais uma vez separada de seus queridos companheiros, parte solitária (ou quase) numa missão que a levará a lugares nunca antes visitados, vivendo aventuras incríveis, que nem mesmo os mais renomados autores de ficção poderiam imaginar. Em uma delas, Tamara acaba retornando ao passado remoto da Terra, onde se engaja decididamente na construção de um dispositivo que, embora os céticos possam duvidar, foi o grande responsável por evitar que a humanidade fosse extinta por uma terrível catástrofe, e possibilitou, felizmente, que este modesto autor, e seus fiéis leitores, viessem ao mundo, milhares de anos depois, para dar seu testemunho a este grandioso feito.
Boa leitura a todos!

Não contém spoiler dos livros anteriores 

Leia as resenhas dos demais volumes da série:

O Chamado de Úlion | A Jornada da Morte | A Lua Negra de Patânia 

Resenha

A situação política em Úlion está cada vez mais tensa e os rebeldes buscam meios de acabar com a tirania das moneras, eles contam agora com a ajuda filha do governador que fugiu do pai para se aliar à resistência, Maí-Turá tem a ideia de o grupo realizar o sequestro de alguém importante para as moneras e todos aceitam a sugestão. As mídias estão sendo manipuladas e toda informação que chega à população é falsa ou alterada à favor do governo de Guaxaltopac, então eles decidem sequestrar Bóris, o chefe da propaganda monera.

Os rebeldes se dividem em dois grupos para que possam agir sem levantar suspeitas. Em um dos grupos está Tamara, no outro, Maí-Turá. Eles estudam cada possibilidade e avaliam os meios de fuga, no entanto, mesmo com toda precaução, algo dá errado e o que era uma operação se sequestro se torna – também – uma operação de resgate. Tamara é presa pelos soldados e Maí-Turá é levada por um tartaceu e os planos que ele tem para ela são sórdidos.

Quando Tamara estava sendo levada pelos oficiais ela viu a amiga desfalecida e se preocupou, ao chegar na presença de Guaxaltopac ela o informa que a sua filha foi sequestrada bem debaixo de seu nariz e lhe faz uma proposta. O tirano está desesperado para salvar a filha e resolve aceitar o acordo, uma trégua pelo bem de Maí, ele dá a Tamara uma nave e ela parte em sua missão de resgate.

Enquanto isso, o grupo que teve êxito no sequestro de Boris procura um local para se abrigar e acaba indo a um já conhecido por eles e onde podem encontrar amigos. Ao chegar, descobrem que um dos meninos que já os haviam ajudado foi levado pela polícia e colocado em um orfanato, o problema é que de lá as crianças são levadas para a morte. O comandante Zorach não pode colocar em risco o plano, mas Vitor diz que vai tentar ajudar o menino, Lorena se oferece para ir com ele.

Em sua jornada para salvar a amiga, Tamara encontra com Catú, um leturião enganado pelos amigos para ir ao Festival dos Povos e lutar nas arenas, ele fugiu dos falsos amigos e se refugiou na nave que Guaxaltopac deu à coreana. Catú pede ajuda e a terráquea diz que se ele prometer não atrapalhar vai levá-lo de volta ao seu planeta, que é vizinho ao que ela está indo. E assim surge a amizade entre eles, Catú é um amigo fiel e vai ajudar Tamara.

Tamara vai se arriscar para resgatar Maí-Turá e vai passar por situações muito difíceis, em vários momentos a vida da jovem fica por um fio, mas ela não desiste de sua missão, a amiga depende dela. Por mais que Tamara esteja mais experiente nada do que ela já viveu a preparou para as coisas que ela verá em sua caminhada, a jovem coreana está diante de mistérios antigos da humanidade e terá a oportunidade de vivenciar experiências únicas ao lado de seu amigo Catú.

Minha impressão

No quarto volume da saga Tamara Jong nós temos mais aventuras, ação e muita ficção científica, José M. S. Freire consegue nos trazer novidades em cada um de seus livros e sua escrita nos envolve completamente durante a leitura, fazendo com que as páginas se passem rapidamente e quando nos damos conta já estamos no final. Com esse não é diferente e o final é daqueles que a gente não acredita que acabou e necessita urgentemente do próximo livro.

Eu já comentei nas resenhas anteriores o quanto os personagens amadureceram e aqui vemos claramente os reflexos do tempo em suas ações, eles deixaram de ser os adolescentes inexperientes do primeiro livro e aprenderam com seus erros, além de estarem mais fortes e cada vez mais preparados para os combates. Preciso dizer que o final deste livro traz uma grande revelação que pode mudar de uma vez por todas a tirania em Úlion e acho que Tamara encontrou isso no momento certo, talvez antes ela não estivesse preparada.

A única coisa que me incomodou foi a infidelidade de Vitor (namorado da Maí) e a maneira com que ele tratou do caso como se não fosse algo errado, ele diz que na Terra já sofreu muito e quer aproveitar o momento, a uliana envolvida é amiga da Maí e também pouco se importou para os sentimentos dela. Mas isso não é um ponto negativo no livro, só mostra que os personagens têm os seus defeitos e acredito que a intenção do autor seja realmente explorar as personalidades de cada um deles.

O quinto volume já está em produção e não vejo a hora de ler, tem muita coisa para se resolver e outras para acontecer e estou bem ansiosa. Tamara é uma protagonista forte e destemida, estou curiosa para ver o que ela vai fazer no próximo volume!  Ah, não posso terminar a resenha sem mencionar o Catú, um novo personagem que certamente vai ganhar o coração dos leitores com a sua inocência e lealdade a Tamara. 

Minha nota para o livro