[Resenha] Rukia

24 de agosto de 2020

Título: Rukia
Autor: Vitor Bernal P.
Editora: Publicação independente
Páginas: 125
Ano: 2020
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*Publieditorial
Sinopse: Nas últimas décadas a, outrora próspera, cidade de Alkpur se encontra sob o domínio de Grunpadda; um reino que agora cobra impagáveis tributos. Quase sem esperança, a população vê como iminente o fim do pouco de liberdade que ainda resta. Uma situação que, devido um desastre natural, se agrava rapidamente.
Com verde em seus olhos, Rukia carrega em seus ombros o pesado fardo de uma nobre, sentindo como seu dever a missão de guiar seu povo nesse momento difícil.
Resenha
A cidade de Alkpur já foi muito próspera e seus habitantes viveram dias felizes, mas atualmente os moradores são obrigados a trabalhar quase que à exaustão para conseguir produzir e pagar os impostos abusivos. Há vinte e dois anos uma guerra acabou com a população, os palácios que eram tão glamourosos agora são ruínas, as pessoas têm medo, se alimentam mal e estão sempre franzinas, as crianças são fracas e seus corpos não se desenvolvem bem.

Os soldados chegam em datas específicas para levar a comida, o ferro, o outro e a cerveja, se a produção não atinge q quantidade que os agrade as pessoas recebem punições severas e ninguém pode fazer nada, se alguém tentar interferir sofrerá ainda mais. Uma vez por ano, os soldados levam metade dos meninos de dez anos, o destino dessas crianças é a escravidão ou servir no exército dos seus captores, se forem para o exército elas serão obrigadas a agir contra as suas origens e em alguns anos serão tão cruéis quanto aqueles que as levaram.
Rukia é da linhagem real, seria a princesa se o reinado de sua família não tivesse sido interrompido por um golpe, o rei e a rainha foram brutalmente assassinados e os conselheiros que pensavam ser de sua confiança lideraram o ataque. Rukia não sabe o motivo, mas foi a única da família que foi poupada. Porém, sua vida sempre foi difícil e todos ao seu redor a desprezavam. Seus belos olhos verdes deixavam as pessoas com raiva, pois eles denunciavam seu sangue, sua origem, eles eram incomuns entre o povo, mas eram característicos dos seus inimigos e ao olhar para Rukia as pessoas só viam os inimigos.

Rukia precisou a prender a se cuidar sozinha desde cedo, ela recebe os piores trabalhos sempre, pois não se sujeita a fazer favores em troca de trabalhos menos pesados. A única pessoa em toda a cidade que trata Rukia bem e é a sua amiga é Irakema, ambas são quase da mesma idade e perderam as mães ainda muito novas, então cresceram juntas, uma ajudando a outra. Irakema é filha de um homem com um pouco de respeito na cidade, mas é bastarda e não foi bem quista por ele na infância, agora ele tenta subornar o perdão da filha com alguns agrados que são sempre rejeitados por ela.
Um desastre natural faz com que Alkpur fique ainda pior, o trabalho de meses foi perdido, a população terá que trabalhar dobrado para conseguir produzir o suficiente para entregar aos soldados e as pessoas não têm nem a garantia de que vá sobrar algo para a cidade. Mas o desastre não acabou só com a produção, ele também feriu pessoas gravemente e levou outras ao óbito. Embora a cidade nunca a tenha tratado bem, Rukia não consegue ver o sofrimento de seu povo, ela quer ajudar. Mesmo tendo sido proibida de entrar nas minas ela não desiste, continua fazendo o seu trabalho às escondidas para que não sofresse nenhuma punição, ela não vai receber nada pelo esforço, mas sente que está ajudando o povo a chegar mais perto da quantidade exigida pelos soldados.

Uma nova guerra se aproxima, o desastre provocou um desejo de agir, algumas pessoas querem lutar para conquistar a liberdade, outras preferem continuar aguentando por mais algum tempo para se reerguerem aos poucos. Rukia sabe que não pode ficar sem fazer nada, ela precisa lutar pelo seu povo, cumprir a sua missão: salvar o povo. Irakema vê na amiga a coragem e a ousadia que as pessoas precisam e vai tentar convencer a todos de seguir o exemplo de Rukia, que precisam deixar de lado o rancor e fazer como ela, enfrentar os soldados e libertar a cidade. Rukia vai lutar com todas as suas forças!
Minha impressão
Rukia é uma obra nacional com mensagens fortes, é uma leitura rápida e ao mesmo tempo muito intensa. Quando li a sinopse eu logo fiquei curiosa e já imaginava que encontraria cenas um pouco mais difíceis de ler, e durante a leitura algumas delas me chocaram bastante.  Vitor Bernal possui uma escrita envolvente e nos entrega personagens que despertam a nossa empatia, Rukia e Irakema são duas jovens que cresceram sozinhas e tiveram que aprender desde cedo a cuidar uma da outra, eram só elas duas e mais ninguém.

Alkpur é uma cidade que vive à sombra do que já foi um dia, se antes era próspera e feliz, hoje a população precisa trabalhar exaustivamente para pagar taxas abusivas e entregar aos soldados quase que toda a sua produção, deixando a cidade com quase nada. As pessoas não se alimentam bem, nem todas as crianças conseguem sobreviver e as que conseguem não se desenvolvem completamente, quando completam dez anos a metade delas que tiver mais saudável é levada para servir no exército inimigo e algumas das crianças levadas são vendidas como escravas. A população vive com medo, recebem castigos por qualquer coisa que façam de errado e se os soldados chegam e a produção não for suficiente as pessoas recebem punições severas.

Rukia tem a pele negra como todo o seu povo, mas os seus olhos verdes denunciam que em seu sangue corre o sangue dos inimigos e ela sempre foi desprezada e maltratada. O rei e a rainha foram brutalmente assassinados durante um golpe para tirá-los do poder, Rukia é da família real, mas foi poupada quando ainda era só um bebê. Ela tem o sonho de ver a cidade livre, de ver as pessoas felizes e de ver a prosperidade em Alkpur.

Eu gostei bastante da leitura e recomendo, Rukia é uma obra que mostra um povo lutando pela sua liberdade. Também temos uma briga política e vemos a população se unindo, dizendo que as pessoas não podem ficar paradas e que cada um precisa fazer a sua parte.

Minha nota para o livro



7 comentários:

  1. Ai, eu adoro uma distopia, principalmente quando envolve povos que lutam pela liberdade, eu sempre fico abismada em como a história sempre acaba se repetindo né, a gente sempre vai ter os opressores e os oprimidos e teremos que lutar contra isso.
    Não conhecia o livro e já coloquei na wishlist! Adorei seu post!

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  2. Olá,
    Distopia é um gênero que leio raramente, talvez por a maioria ter adolescentes e aí meu interesse cair hehehe. Toda a situação de se lutar pela liberdade parece ser bem interessante de se ler.

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  3. Oi Beatriz.

    Achei a história deste livro bem interessante, ainda mais sabendo através da sua opinião que possui mensagens fortes enquanto apresenta uma leitura rápida. Vou adicionar na minha lista de desejados, pois o gênero tem me conquistado a cada livro. Obrigada pela dica.

    Bjos

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  4. Oii!

    Uau não imaginava que seria uma obra tão cheia de conteudos pelas poucas páginas que possui! Gostei da sua resenha, faz muito tempo que não leio algo com um erredo nesse estilo e fiquei bem curiosa!

    Beijinhos,
    Ani
    www.entrechocolatesemusicas.com.br

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  5. Olá, tudo bem? Nossa parece ser um enredo bem emocionante e impactante. Não conhecia, mas pleo que disso fiquei bem interessada. Acho a temática importante, até pela representatividade e com certeza devemos tirar bastante reflexões das páginas. Dica anotada!
    Beijos

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  6. Olá Bia! Sempre recomendando ótimos livros pra gente, eu amo distopias e inclusive estou lendo uma esse mês, que quero recomendar pra você: "As Horas Vermelhas para que servem as mulheres". Pela sua resenha tenho certeza que irei gostar de ler esse livro, Bia porque amo histórias como povos lutando pela sua liberdade.

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  7. Oi Beatriz, tudo bem?
    Eu gostei MUITO da ideia desse livro e sem dúvida eu quero dar uma chance, ainda mais porque me deixou curiosa sobre como ela consegue fazer o povo se levantar contra essa gentalha no poder. Consigo até imaginar que devem ser piores que o demônio essa gente.
    Um beijo de fogo e gelo da Lady Trotsky...
    http://wwww.osvampirosportenhos.com.br

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