[Resenha] Codinome Villanelle

12 de agosto de 2020

Título: Codinome Villanelle
Autor: Luke Jennings
Editora: Suma
Páginas: 216
Ano: 2020
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*Cortesia da editora
Sinopse: O surpreendente thriller que deu origem à série de sucesso Killing Eve, um drama de espionagem diferente de tudo o que você já viu.
Villanelle (um codinome, é claro) é uma das assassinas mais habilidosas do mundo. Uma psicopata hedonista, que ama sua vida de luxo acima de quase qualquer coisa... menos a emoção da caçada. Especializada em matar as pessoas mais ricas e poderosas do mundo, Villanelle é encarregada de aniquilar um influente político russo, e acaba com uma inimiga determinada em seu encalço.
Eve Polastri é uma ex-funcionária do serviço secreto inglês, agora contratada pela agência de segurança nacional para uma tarefa peculiar: identificar e capturar a assassina responsável e aqueles que a contrataram. Apesar de levar uma vida tranquila e comum, Eve possui uma inteligência rápida e aguçada – e aceita a missão.
Assim começa uma perseguição através do globo, cruzando com governos corruptos e poderosas organizações criminosas, para culminar em um confronto do qual nenhuma das duas poderá sair ilesa. Codinome Villanelle é um thriller veloz, sensual e emocionante, que traz uma nova voz à ficção internacional.
Resenha
Villanelle é uma assassina profissional, seu trabalho – obviamente – é sigiloso e as pessoas para quem ela trabalha fazem questão de arcar com seu alto custo e lhe proporcionam uma vida confortável, desde que ela faça exatamente o que eles mandam, sem questionar. Ela é uma mulher inteligente e organiza planos brilhantes para cada novo caso, não pode se dar ao luxo de falhar, então é preciso que tudo saia conforme o esperado.
“Não pode haver envolvimento demais com ninguém, exceto no sentido mais periférico e desassociado. Não pode haver reforços, nem distrações planejadas, nem assistência oficial. Se ela for capturada, acabou. Nenhuma autoridade discreta vai tirá-la da cadeia, nenhum veículo vai levá-la às pressas até o aeroporto.”
Villanelle foi diagnosticada com transtorno de personalidade antissocial, o que em seu trabalho é algo que a ajuda. Villanelle é fria, calculista, implacável, não sente remorso pelas mortes. Desde cedo ela esteve envolvida em incidentes violentos, em um deles acabou sendo detida e o pessoal para quem trabalha atualmente viu a oportunidade de contratar a assassina perfeita. Desde então, ela se tornou uma mulher poderosa e é preciso lembra que não pode confiar em ninguém, nesse ramo é comum ter espiões duplos em busca de informações para trocar entre organizações.
Villanelle foi contratada para matar um fascista influente e perigoso, a morte dele causa um alvoroço nas organizações internacionais e todos querem descobrir o culpado, mas por trás da morte dele há muitos mistérios e alguém poderia ter facilitado o serviço, porém, foi o nome de Eve Polastri que acabou em evidência por incompetência. Ela trabalha para o serviço de inteligência inglês e estava encarregada da segurança dele. Com a morte do homem, Eve fica obsecada por descobrir quem foi o responsável pelo assassinato e com as informações que conseguiu levantar ela tem certeza de é uma mulher a assassina.

Eve é uma mulher casada e que tem problemas com a sua autoestima, ela parece precisar da aprovação de todos para a maneira como se veste, como se comporta. Profissionalmente ela é uma detalhista e dedicada, não desiste e vai até as últimas consequências para chegar ao seu objetivo. Então quando começou a investigar Villanelle ela já sabia que seria uma questão de tempo até conseguir descobrir quem é a assassina. Pode levar o tempo que for, Eve não pretende deixar que a mulher escape.
Ao começar a trabalhar nessa área, Eve sabia que deveria manter alguma discrição na sua vida pessoal, seu trabalho está prejudicando o casamento e ela não sabe até quando o fio que ainda o mantém unido vai resistir, ele está quase se partindo. Justamente quando acreditava que poderia passar mais tempo com o marido, ela descobriu informações valiosíssimas sobre o paradeiro de Villanelle e precisará deixar o país, sem poder dar detalhes para seu marido.

Ao descobrir que Eve está investigando seu rastro, Villanelle começa a planejar algumas distrações que deixarão Eve bem ocupada, assim como a sua equipe. Villanelle é ousada, não teme o perigo, gosta da adrenalina e não enxerga Eve como uma ameaça, mas sua rival está chegando cada vez mais perto.

Minha impressão
Codinome Villanelle é um thriller de espionagem com um ritmo eletrizante e cenas de ação bem descritas, que deixam o leitor satisfeito com a leitura e curioso para descobrir o que virá a seguir. Villanelle é uma assassina implacável, vive uma vida luxuosa e não tem muitos amigos, não só pelo seu trabalho, mas ela foi diagnosticada com transtorno de personalidade antissocial. Seu passado é obscuro e misterioso, ao assumir seu codinome ela deixou toda a sua história para trás e não se arrepende disso. Ela gosta do que faz.

Eve Polastri está na outra ponta dessa trama, ela trabalha para o serviço de inteligência inglês e está caçando Villanelle. Eve não tem a confiança da assassina e sua autoestima é muito baixa, o que me incomodou algumas vezes porque ela se rebaixa demais, seja por suas roupas ou por sua aparência, ela parece estar sempre se lamentando e precisando que os outros a aprovem. Já Villanelle é o oposto, ela exala confiança.

A escrita do autor é detalhista, o que deixa a leitura um pouco cansativa em alguns momentos, no entanto, quem gosta de livros descritivos não terá problemas. A trama é fluída e a cada capítulo nós somos apresentados a uma nova situação e ficamos esperando pelo confronto entre Eve e Villanelle, elas são duas personagens de peso, ambas são inteligentes e muito competentes em suas áreas.

A única ressalva é para o final aberto, não que seja um ponto negativo (já que teremos mais livros), mas a maneira como o livro termina me deixou um pouco frustrada, agora é esperar pelos próximos volumes. Apesar do final, eu gostei muito do livro e foi ótimo ver duas mulheres em destaque. Uma, à frente de assassinatos cruéis e a outra, do lado da lei.

Minha nota para o livro

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