Editora: Publicação independente|| Páginas 676|| Ano:2022
Resenha
Em um mundo onde os humanos deixaram de existir, androides governam com sistemas complexos e políticas que se aprofundam em esquemas que podem ser burlados e corrompidos. Diferentes espécies convivem buscando harmonia, mas uma quer prevalecer sobre a outra.
Humanoides foram criados por humanos muitos anos atrás, até a humanidade ser extinta e somente as máquinas resistirem, preservando as memórias de seus antecessores. Surgiram, então, outras formas de androides com objetivos diferentes, culminando em sociedades com leis rígidas e que defendem suas próprias espécies como sendo as mais bem sucedidas, as melhores.
Aleph é memoriador, androide criado a partir de uma memória humana, e seu trabalho é ser arqueólogo da morte, ele estuda cemitérios. Tal espécie mantém viva a memória humana e é incapaz de separar o que é hoje do que fora um dia, quando seu corpo físico era frágil. Quando Aleph encontra um cemitério raro, sua vida e de toda a população humanoide vai mudar drasticamente.Ômega é uma consciência coletiva que possui mais de cinquenta mil assimilados. Visto como um vilão cruel e impiedoso, ele é temido por todas as espécies. Há uma guerra entre Ômega e os androides há mais de 300 anos, no entanto, acordos comerciais e diplomáticos estão em vigor, o que não anula o fato de existir muita desconfiança e conflitos.
O que Aleph encontra no cemitério afeta até mesmo Ômega e será preciso investigar a fundo quem está por trás da maior e mais perigosa criação. Um retorno do passado que coloca em risco toda a sociedade humanoide e pode mudar o futuro do mundo.Aleph vai embarcar em uma missão, ele tem o objetivo de proteger a todo custo sua descoberta. Nesse período, segredos serão revelados, amizades serão colocadas à prova, alianças se quebrarão e novas surgirão. Acima de tudo, o amor pela humanidade, há muito tempo esquecida, voltará com força. No fim, resta saber qual dos lados é o certo...
Minhas impressões
E se o mundo como conhecemos deixasse de existir? Se fosse possível vencer a morte e colocar suas memórias em androides? Aleph é uma autoespécie criada a partir de memórias humanas, um memoriador, e vai fazer uma descoberta que mudará para sempre o mundo.
Fim das religiões é uma obra de ficção científica que traz uma trama completamente fascinante e viciante, quanto mais avançamos na leitura, mais nos envolvemos e ficamos ansiosos para desvendar todas as camadas.
O autor criou um universo incrível e complexo, ao mesmo tempo, é uma leitura de fácil entendimento e não se perde em informações técnicas que pesariam a leitura. Pelo contrário, todos os detalhes apresentados nos deixam ainda mais conectados com a história e nos permitem visualizar as cenas como se as estivéssemos presenciando pessoalmente.
É um livro onde somos apresentados a novas informações o tempo todo e precisamos ler atentamente para não perder nada. Dessa forma, criamos teorias que podem se desmanchar facilmente na página seguinte ou se concretizar. Eu fui enganada diversas vezes e adorei isso, adorei me surpreender e ver minhas certezas em relação aos personagens serem questionadas.
Uma obra repleta de jogos políticos, cenas de ação bem construídas, alguns momentos de romance, e núcleos que acompanhamos ávidos para descobrir mais. E com um final tão eletrizante que foi impossível, para mim, interromper a leitura e li as últimas cem páginas de uma só vez. É emocionante, mexe com nossos sentimentos intensamente, e o desfecho é inesperado, chocante.
Fim das religiões é o primeiro volume da trilogia Syntagma e termina com muitas dúvidas para serem respondidas no próximo. Estou ansiosa para começar o segundo livro, depois falo sobre ele para vocês.















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