[Resenha] Uma Centelha na Escuridão

10 de abril de 2024

Você seria capaz de omitir um crime hediondo para proteger alguém que ama? Chloe enfrentou esse dilema quando tinha apenas doze anos e descobriu que seu pai era um monstro. Meninas adolescentes estavam desaparecendo e ninguém conseguia encontrar ligações entre os casos nem os corpos delas. Foi quando Chloe, sem querer, se deparou com uma prova de que seu pai estava por trás dos crimes. No fundo do armário, no lugar onde ninguém procuraria, havia uma caixa com joias roubadas de cada uma das seis vítimas.

Vinte anos se passam, Chloe jamais se recuperou do trauma e desconfia de tudo e de todos. Trabalha como psicóloga e suas feridas cicatrizadas voltam a se abrir quando uma paciente de quinze anos desaparece, de repente, todo o horror que passou anos atrás começa a ressurgir. Seu pai está preso, quem estaria sequestrando adolescentes novamente? Ela começa a se afundar mais e mais nesse poço sem conseguir ver a superfície. A desconfiança aumenta, passado e presente se misturam.

A premissa desse livro é realmente muito interessante e ele tem um mistério que nos prende para entendermos o que aconteceu. Porém, senti que o desenvolvimento não foi tão bem trabalhado. A protagonista se perde entre lembranças do passado e seus dias atuais e isso deixa a leitura muito confusa. Tinha tudo para ser um suspense excelente, e acabou ficando ali na média. Não que seja ruim, não é mesmo, é uma boa leitura, só poderia ser melhor e isso era expectativa minha, estou falando sobre como foi a minha experiência.

O que deveria ter sido a grande revelação não foi para mim porque descobri logo no começo, no entanto a forma como a autora revelou isso e conduziu a protagonista para a sua descoberta foi muito boa. Algumas pistas falsas são jogadas ao longo da trama para confundirem o leitor, ir atrás de cada uma delas e desmenti-las pouco a pouco é uma ótima jogada. Cheguei a duvidar da minha teoria inicial, pensei que pudesse ter errado, e gostei de ver como tudo foi revelado. E o final, bom, é aquele que nos faz questionar sobre moralidade e refletir o que faríamos naquela situação.

Esperava mais? Esperava, mas gostei da leitura.

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