A Mulher na Janela | Filme Netflix

16 de maio de 2021

Sinopse: Anna Fox mora sozinha em uma casa que um dia abrigou sua família feliz. Separada do marido e da filha e sofrendo de uma fobia que a mantém reclusa, ela passa os dias bebendo vinho, assistindo filmes antigos e conversando com estranhos na internet. Quando uma nova família se muda para a casa do outro lado do parque, Anna fica obcecada por aquela vida perfeita. Até que certa noite, bisbilhotando com sua câmera, ela vê algo que muda tudo.

Resenha
Anna Fox já teve uma vida completamente diferente, tinha um casamento que um dia já foi feliz, uma linda filha e trabalhava como psicóloga infantil. Mas agora as coisas estão sombrias em sua vida. Ela está separada do marido e vive reclusa na casa que a família morava. Anna sofre de agorafobia ( quando a pessoa tem medo de sair sozinha e ir a locais públicos, um tipo de transtorno de ansiedade) e não consegue sair de sua casa.

O pavor de Anna é tão grande que ela nem chega perto da porta sem ficar nervosa, o que a transformou em piada para os vizinhos – principalmente as crianças. Ela passa seus dias assistindo a filmes antigos e espiando as janelas, desse modo, ela consegue descobrir muita coisa sobre os seus vizinhos, eles não sabem que ela os vigia. Anna faz terapia, mas vem negligenciando o tratamento, além de não contar algumas situações ela também toma os muitos remédios com bebidas alcoólicas.
Sua rotina muda quando novos vizinhos se mudam para a casa da frente. Aparentemente, os Russell são uma família comum, mas logo coisas estranham começam a acontecer e ela fica cismada. A família tem um pai, uma mãe e um filho. Um dia, o filho bate à porta de Anna dizendo que a mãe havia enviado um presente a ela. Mesmo contrariada, Anna abre a porta e permite que Ethan entre em sua fortaleza.

É quando tudo começa! Ethan demonstra sinais de ter algum transtorno e como psicóloga infantil ela também reconhece sintomas de que ele possa estar tendo algum problema em casa, talvez o pai seja abusivo. Ela dá ao menino seu telefone pessoal e diz que ele pode sempre contar com ela para o que for preciso, que sua casa é um lugar seguro. Anna começa a vigiar mais os Russell e presencia brigas, o pai está cada vez mais violento. Nesse meio tempo, Anna recebe a visita da mãe de Ethan, Jane, e as duas passam algumas horas conversando. Jane não parece ser uma mulher feliz e muda de assunto sempre que Anna tenta questionar sobre a família da mulher.
E uma noite algo ruim acontece. Anna escuta gritos e quando vai olhar a casa dos Russel ela vê Jane sendo esfaqueada. Anna fica desesperada, precisa fazer alguma coisa para ajudá-la antes que seja tarde demais. Mas quando a polícia finalmente chega o quadro que encontram é bem diferente do que ela viu.

Os Russell estão bem, garantem que não aconteceu nada do que Anna está dizendo. Quando Jane Russel aparece em sua sala, Anna descobre que não é a mesma pessoa. Tenta dizer isso aos policiais, mas ninguém acredita nela. Anna sabe que uma mulher foi assassinada e para esconder o crime, há outra ocupando o seu lugar e se passando por ela. Quanto mais investiga (na internet e telefonando para alguns lugares), mais a situação fica estranha e ela começa a correr perigo.
Minha impressão
Antes de tudo eu quero dizer que ainda não li o livro, e mesmo achando diversas cenas bem bobas, eu consegui aproveitar o filme e gostei dele. Poderia ter sido mais bem desenvolvido? Certamente, mas não achei um filme ruim.

Desde o começo, Anna é apresentada como uma personagem nada confiável, ela tem agorafobia (medo de sair sozinha ou ir a lugares públicos), toma alguns remédios e os mistura com bebidas alcoólicas. Então as coisas que ela presencia podem ou não ter acontecido, e esse é um dos grandes mistérios do filme, entender se podemos acreditar nela. Por viver reclusa, Anna passa os dias assistindo a filmes antigos e espiando pela janela. Dessa maneira, ela sabe de tudo o que acontece na vizinhança.

Ao presenciar um assassinato na casa dos Rossell ela é contrariada o tempo todo. Ninguém acredita nela porque a mulher que Anna diz ter sido morta está bem. O problema é que essa mulher que se passa por Jane Russel não é a mesma Jane que Anna conheceu. Isso a deixa cada vez mais nervosa, quem é essa mulher se passando por Jane e onde esconderam o corpo dela? O que mais estará acontecendo naquela casa? Ela recebe avisos claros para não se meter, mas continua investigando.

Eu duvidei que os Russel fossem reais, duvidei que os policiais fossem reais, duvidei até que o inquilino dela fosse real. Pensava que eram todos personagens inventados por ela. O passado de Anna também é bem misterioso, ela está separada do marido e fala com a filha apenas por telefone, algo aconteceu e só é revelado lá pela metade do filme.

Até aí eu estava gostando muito, mas a cena que revela o que aconteceu no passado dela é tão boba que até achei vergonhosa. O final também, eu fiquei olhando sem acreditar que aquela papagaiada estava mesmo acontecendo, um exagero para impactar que acabou não funcionando.

Eu ainda quero ler o livro, quem leu diz que o filme parece até outra história e as cenas criadas pela Netflix para o filme foram ridículas, poderiam ter inserido as cenas mais importantes do livro. Como não li ainda,  não posso fazer essa comparação. Mas gostei do filme mesmo com todos os seus problemas. 

Minha nota para o filme

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