Título: Promíscuo Ser de Partitura Finita (Livro 01)
Autora: Cris Coelho
Editora: Pandorga
Páginas: 160
Ano: 2017
Adicione ao Skoob
*Cortesia da editora
Completamente apaixonada por Jota, Anna Lara aceitou ser compartilhada por ele com amigos ou desconhecidos para que o seu marido atingisse os limites do prazer e se satisfizesse com os sórdidos desejos. No começo ela estranhou muito e precisou da ajuda de bebidas alcoólicas e drogas para poder suportar, mas com o tempo passou a gostar e tirar proveito das orgias.
Em algum momento do sexo sujo, Anna Lara engravidou e a sua vida muda por completo. Devido ao uso de drogas e bebidas o feto tem uma má formação e é visto por eles como um monstro. A partir daí, Anna Lara sofrerá com as consequências de seu ato. Ela se arrepende por ter matado o seu filho, o processo foi doloroso e ela viu o feto se contorcendo de dor em uma mesinha ao seu lado até morrer. Essa cena a atormentará por muito tempo.
Antes de fazer o aborto, Anna Lara vai ao terreiro de umbanda de sua tia e faz um ritual. Nesse ritual uma alma que a segue desde criança (um espírito de uma prostituta que era dona de um bordel) é impedida de se aproximar dela novamente e, com isso, Anna Lara começa a ter uma nova percepção do seu modo de vida. O que antes lhe proporcionava prazer agora lhe causa repulsa.
Anna Lara vive um conflito interno. Ela gosta das obscenidades e da vida promíscua, mas começou a se sentir depravada e a querer sair disso. Mas o seu marido não conhece (e não quer) outra forma de transar, ele é assim e essa é a única forma que ele aceita. Após o aborto, Anna passou a fazer terapia com uma psiquiatra que a faz entender que não existe o "certo" ou o "errado" entre um casal, havendo consenso entre os dois tudo é permitido.
Após uma série de acontecimentos ruins, Anna Lara se vê buscando pelo espírito que a acompanhava. Enquanto tinha a companhia da "moça" a sua vida era perfeita e ela não se importava para a depravação, pelo contrário, ansiava pelo prazer ilícito. Agora, a sua vida está um caos e ela quer voltar ao que era antes. Para isso, vai precisar da "moça" ao seu lado.
Jota é um homem por vezes arrogante, mas isso a Anna Lara não percebe. Ela somente enxerga um homem que cuida dela e quer fazê-la alcançar os limites do prazer. Pelo que eu entendi - veja bem, é a minha opinião - o livro parece demonstrar aspectos do BDSM colocando o Jota como dominador e a Anna Lara como submissa, mas eu achei tudo o que eles vivem bem diferente das práticas do BDSM e o Jota se mostra machista, não dominador.
A trama é embasada pela umbanda e alguns momentos da leitura me incomodaram muito. Não pela religião, mas pela maneira como as coisas aconteciam e foram inseridas no contexto. Ao meu ver, muitos dos detalhes descritos no livro poderiam ter sido retirados ou modificados. A própria Maria Scarlet é um espírito e as cenas com ela são pesadas.
Enfim, "Promíscuo ser de partitura finita" é um livro completamente diferente de tudo o que eu já li. Me causou desconforto e me perturbou, mas também me deixou curiosa para saber o que aconteceria com a Anna Lara e para entender a ligação dela com a Maria Scarlet. O livro se encerra em um momento muito decisivo e algumas questões ficaram para ter a solução no próximo volume (não sei dizer se é duologia, trilogia ou série).
Autora: Cris Coelho
Editora: Pandorga
Páginas: 160
Ano: 2017
Adicione ao Skoob
*Cortesia da editora
Sinopse:
Duas vidas entrelaçadas por um mesmo propósito. Um carma que é passado por
diferentes gerações unindo duas mulheres em épocas distintas. De um lado, está
Maria Scarlet, uma prostituta de um passado distante que, após apanhar muito da
vida, consegue se estabelecer como dona de um bordel. Com o tempo, o bordel
ganha fama e se torna referência na pacata Holanda de 1750, derivando a
qualidade de seu nome para a rua a qual o estabelecimento funcionava: “Red
Street”, atualmente conhecida como “Red Light”. Do outro lado, está Anna Lara,
uma mulher frágil e atormentada pelas lacunas do seu sombrio passado. Com o
suporte de Maria Scarlet, Anna Lara cria defesas emocionais por meio da energia
sexual que recebe de sua protetora e se torna participante ativa e assídua de
toda forma de desvio sexual, ao lado de seu parceiro de vida, Jota Jr. Em um
enredo psicológico completamente envolvente, Anna Lara esbarra nas lacunas
sexuais escondidas nas partituras não terminadas de um universo promíscuo e
misterioso.
Anna Lara é uma mulher casada e ao lado de seu marido ela vive experiências sexuais liberais em busca do prazer. Sua vida sexual começou bem cedo e ela usava identidade falsa para entrar em casas de show. Quando conheceu o Jota (seu marido) ele a apresentou a um universo diferente, onde a bigamia é permitida no relacionamento desde que seja consentida por ambos os lados.
Completamente apaixonada por Jota, Anna Lara aceitou ser compartilhada por ele com amigos ou desconhecidos para que o seu marido atingisse os limites do prazer e se satisfizesse com os sórdidos desejos. No começo ela estranhou muito e precisou da ajuda de bebidas alcoólicas e drogas para poder suportar, mas com o tempo passou a gostar e tirar proveito das orgias.
Em algum momento do sexo sujo, Anna Lara engravidou e a sua vida muda por completo. Devido ao uso de drogas e bebidas o feto tem uma má formação e é visto por eles como um monstro. A partir daí, Anna Lara sofrerá com as consequências de seu ato. Ela se arrepende por ter matado o seu filho, o processo foi doloroso e ela viu o feto se contorcendo de dor em uma mesinha ao seu lado até morrer. Essa cena a atormentará por muito tempo.
Antes de fazer o aborto, Anna Lara vai ao terreiro de umbanda de sua tia e faz um ritual. Nesse ritual uma alma que a segue desde criança (um espírito de uma prostituta que era dona de um bordel) é impedida de se aproximar dela novamente e, com isso, Anna Lara começa a ter uma nova percepção do seu modo de vida. O que antes lhe proporcionava prazer agora lhe causa repulsa.
Anna Lara vive um conflito interno. Ela gosta das obscenidades e da vida promíscua, mas começou a se sentir depravada e a querer sair disso. Mas o seu marido não conhece (e não quer) outra forma de transar, ele é assim e essa é a única forma que ele aceita. Após o aborto, Anna passou a fazer terapia com uma psiquiatra que a faz entender que não existe o "certo" ou o "errado" entre um casal, havendo consenso entre os dois tudo é permitido.
Após uma série de acontecimentos ruins, Anna Lara se vê buscando pelo espírito que a acompanhava. Enquanto tinha a companhia da "moça" a sua vida era perfeita e ela não se importava para a depravação, pelo contrário, ansiava pelo prazer ilícito. Agora, a sua vida está um caos e ela quer voltar ao que era antes. Para isso, vai precisar da "moça" ao seu lado.
Minha impressão
O livro possui um enredo psicológico muito intenso e apresenta duas mulheres que vivem em épocas diferentes, mas que estão unidas por um propósito ainda não revelado. Uma das mulheres é a personagem principal, Anna Lara, a outra é o espírito de Maria Scarlet, uma prostituta do passado.
Anna Lara tem um amor doentio pelo seu marido, amor não, obsessão. Foi inserida nesse universo por ele e só aceitou as condições do Jota por medo de perdê-lo. Eles possuem um casamento aberto e se dividem com outras pessoas, incluindo relação homossexual dos dois lados. Anna Lara aceita se submeter a todo tipo desejo pervertido de seu marido e embarca na promiscuidade com ele para satisfazê-lo.
Jota é um homem por vezes arrogante, mas isso a Anna Lara não percebe. Ela somente enxerga um homem que cuida dela e quer fazê-la alcançar os limites do prazer. Pelo que eu entendi - veja bem, é a minha opinião - o livro parece demonstrar aspectos do BDSM colocando o Jota como dominador e a Anna Lara como submissa, mas eu achei tudo o que eles vivem bem diferente das práticas do BDSM e o Jota se mostra machista, não dominador.
A trama é embasada pela umbanda e alguns momentos da leitura me incomodaram muito. Não pela religião, mas pela maneira como as coisas aconteciam e foram inseridas no contexto. Ao meu ver, muitos dos detalhes descritos no livro poderiam ter sido retirados ou modificados. A própria Maria Scarlet é um espírito e as cenas com ela são pesadas.
Enfim, "Promíscuo ser de partitura finita" é um livro completamente diferente de tudo o que eu já li. Me causou desconforto e me perturbou, mas também me deixou curiosa para saber o que aconteceria com a Anna Lara e para entender a ligação dela com a Maria Scarlet. O livro se encerra em um momento muito decisivo e algumas questões ficaram para ter a solução no próximo volume (não sei dizer se é duologia, trilogia ou série).
Minha nota para o livro
Olá Beatriz;
ResponderExcluirAcredita que só com a resenha eu já fiquei desconfortável, e não é pelo assuntos abordado no livro, mas pela impressão que tive em como ele é abordado. Algumas coisas são desnecessárias, não sei se é um livro que eu leria, mas enfim... A resenha é ótima.
Beijos.
https://cabinedeleitura0.blogspot.com.br/2017/08/titulo-sequestro-autor-luiz-madureira-n.html
Oi Beatriz, em um primeiro momento, achei que fosse mais um livro erótico, o que não curto muito, mas vi que tem muito conteúdo nas páginas dele. Fiquei bem interessada após ler sobre o aborto e o bebê doente, ainda mais quando falou de espiritualidade e vidas passadas.
ResponderExcluirTua resenha ficou muito boa, já anotei aqui o nome do livro.
Bjos
Vivi
Oi, Beatriz! Tudo bem?
ResponderExcluirConfesso que não curti a premissa do livro e isso sem sequer chegar à parte da umbanda. A caracterização do Jota e a postura dos dois quanto ao relacionamento deles não bateu bem, não curti. Quem sabe num futuro eu considere essa leitura, mas no momento, dispenso.
Bjs!
Por essas páginas
Oi, Beatriz! Apenas olhando pela capa, eu não imaginava que a história teria uma trama tão intensa assim. Sua resenha está ótima, confesso que fiquei incomodada com alguns atos dos personagens, mas também estou curiosa para conferir essa história. Vou anotar a sua dica, bjss!
ResponderExcluirOi Beatriz! Obrigada pela resenha! Adorei! Sim, o livro trata de um distúrbio psicológico e vários mistérios serão esclarecidos na sequencia, que sai em 2018. Costumo dizer que o livro não é um 50 tons, mas algo bem mais trabalhado e aprofundado, com conteúdo intenso e psicológico o tempo todo. A personagem não é Oi Beatriz! Obrigada pela resenha! Adirei! Sim, o livro trata de um disturbio psicológico e vários mistérios serua esclarecidos na sequencia, que sai em 2018. Costumo dizer que o livro não é um 50 tons, mas algo bem mais trabalhado e aprofundado, com conteúdo intenso e psicológico o tempo todo. A personagem não é "uma mocinha" , é uma personagem errada e maltratada... é uma outra proposta de leitura. Bjs Cris Coelho
ResponderExcluirOi, Cris. Obrigada pelo seu comentário <3
ExcluirEu gostei dessa abordagem diferente com a protagonista, que foge dos clichês de mocinha boazinha. Achei interessante a maneira como a Anna Lara vai se posicionando em relação ao Jota ao longo da trama. Eu não sei se foi a intenção, mas eu senti como se o livro mostrasse como é viver em uma relação em que você é manipulada e não se desse conta disso. Eu fiquei curiosa para ler a continuação e saber dos mistérios que estão para serem revelados.
Oi Beatriz!
ResponderExcluirEstou com esse livro para ler e ainda estou tomando coragem para iniciar a leitura depois de tantos comentários negativos sobre a obra. Pelo que li na sua resenha (e olha que nunca leio resenhas de livros que estão na minha lista de leituras próximas) já vi que não vou gostar e isso acaba me deixando um pouco frustrada por isso. Mas nem sempre gostamos de todas as obras e fiquei feliz em ler sua opinião sobre o livro.
beijinhos!
Oii, tudo bem?
ResponderExcluirAinda não conhecia esse livro e, apesar de ter me interessado pela história, não sei se conseguiria lê-lo. Pela sua resenha, o livro parece ter vários temas bem pesados e acredito que eu ficaria desconfortável durante a leitura. Ainda assim, fiquei curiosa e irei procurar mais informações sobre hahaha
Beijos,
Karina.
Páginas Empoeiradas
Olá!
ResponderExcluirInfelizmente essa leitura também não me chamou atenção Beatriz!
Achei o foco da trama pesado, principalmente por dar ênfase a um sentimento tão obsessivo como o da mocinha. Me incomoda esse tipo de personagem.
Mas gostei de conhecer mais dessa trama através das suas impressões.
Beijos!
Camila de Moraes.
Oi, tudo bem? Bom, não é o tipo de livro que leio, nem que procuro. Achei interessante a abordagem psicológica, mas deve ser bastante sofrida - e acho que não tenho estômago para isso. Achei que a narrativa fica um pouco confusa a certo momento, mas achei que o conflito foi bem planejado, um plot twist inteligente. Então, a dominação masculina já faz parte da cultura machista (então, acredito que não existe dominação masculina que não esteja imbuída de machismo). Outra coisa é essa parte do "não existe certo e errado, se há consentimento", pois o consentimento nem sempre é concordância efetiva; a violência psicológica, por exemplo, é um caso: a gente tem o senso-comum de dizer que, se a mulher consentiu em estar numa relação abusiva, então, a relação estava "certa", o homem "certo" e a mulher é a única "culpada".
ResponderExcluirEnfim, achei ótima a trama, pois joga luz em muitas temáticas de gênero, como a sexualidade, as relações homem-mulher e a maternidade.
Adorei sua resenha, sensacional! :)
Love, Nina.
http://ninaeuma.blogspot.com/
Não disse que é "certo" um relacionamento abusivo a mulher "concordar" (até mesmo porque muitas vezes ela não percebe que está em um e que precisa de ajuda) e ser vista como a culpada. isso é completamente errado e essas mulheres precisam de ajuda, são manipuladas para acreditarem que não há vida fora daquela relação. E é justamente o que acontece no livro, a personagem é manipulada e vive nesse relacionamento sem se dar conta do que de fato acontece, e nós vemos os lhos dela se abrindo no decorrer das páginas. No entanto, ela gosta das práticas promíscuas e sente falta delas. Ela pode continuar a fazer o que gosta sem se envolver em uma relação abusiva e sem que seja manipulada pelo parceiro ou parceira.
ExcluirÉ um livro com um enredo psicológico muito intenso mesmo, algumas partes perturbam, chocam, causam repulsa.
Oiii!
ResponderExcluirBia, eu não curti muito o enredo não. Na realidade, eu até gosto de uma coisinha ou outra com pegada hot, mas é bem pouco, então esse tipo de livro, acaba que não me chama tanto atenção.
Só pela sua resenha, já odiei esse tal Jota. Cara chato, passaria raiva durante a leitura.
Gostei de saber que foi uma leitura satisfatória até.
Beijinhos,
olá. o título e capa do livro são muito bonitos, abro ressalva para dizer ainda sobre o título que achei poética, outra coisa, eu amo esses enredos que trazem essa pegada do sexo sujo, aliás, me fez lembrar de um trecho de Mulheres que correm com os lobos que traz a importância dessas histórias. eu acho que eu preciso ler esse livro para entender melhor todos os aspectos que você cita, principalmente a questão da umbanda. mas, pelo que li na resenha, mesmo com suas ressalvas, tem muitos elementos que me atraem.
ResponderExcluirOlá!
ResponderExcluirPela sua resenha já sei que não é um livro para mim, eu gosto de Hot, mas não nesse estilo, gosto de história que envolve amor e aceitação e não uma história pesada assim. Mas para quem gosta pode ser uma ótima pedida, mas EU assim como você ficaria incomodada e não aproveitaria a leitura. Gostei bastante da sua resenha, bem escrita, verdadeira e objetiva.
Beijos e Sucesso!!!
Oie, tudo bem?
ResponderExcluirPela sua resenha, já sei que esse livro não é pra mim mesmo.
Gosto de hot, leio bastante, mas esse aí, passo longe.
Beijos
Oi, Beatriz
ResponderExcluirEstá aí uma obra que me chama atenção pela resenha temática BDSM e conter espírito mas que morre por aí.
Infelizmente, lamento saber que a protagonista só entrou nesse mundo "não falado pelas pessoas" por causa do marido e não porque tinha vontade de experimentar o desconhecido. Me parece que ela se tornou uma viciada nesse mundo ao invés de alguém que simplesmente procura o prazer. É uma refém!
Gosto dessa parte de ter um espírito por perto até porque me lembra uma obra que li recentemente que é maravilhosa e mostrar uma cafetina forte e que sabe sobreviver as adversidades.
Não posso dizer que deseja essa obra nacional publicado pela Pandorga mas que toparia um dia para vê os defeitos com os meus próprios olhos isso eu faria.
Parabéns pela resenha. Abraços.