Editora: Arqueiro || Páginas 346 || Ano: 2025
Brooke não queria trabalhar em um presídio, na verdade, aquele era o último lugar do mundo que ela gostaria de estar... afinal, o homem que tentou matá-la há dez anos está preso lá. E por causa dela. Foi Brooke quem contou tudo para a polícia. Ele era o seu namorado, aquela noite deveria ter sido romântica e terminou em uma tragédia.
Mas Brooke não tem opção e precisa aceitar o emprego de enfermeira da penitenciária. Seu filho, Josh, um lindo menino de dez anos, estava sofrendo bullying na escola por não ter pai e ela nunca teve coragem de revelar ao filho que o pai dele estava preso. Quando os pais dela morreram em um acidente, Brooke volta a morar na casa de infância e vai desenterrar segredos perigosos.
De volta à cidade, a jovem se depara com aquele que foi o seu melhor amigo e o outro sobrevivente daquela noite. Tim também foi vítima dos ataques de Shane. Ele ganhou uma facada na barriga, mas conseguiu reunir forças para golpear Shane antes que ele matasse Brooke. Pelo menos, foi essa a versão que contou para a polícia.
Os amigos estavam no sítio da família de Shane e havia alguma tensão entre eles. Quando a energia acabou, as coisas ficaram assustadoras, e eles foram sendo assassinados. Estava escuro e Brooke não conseguiu enxergar quem estava tentando matá-la, mas ela sentiu o perfume de Shane e soube que era ele.
Agora, dez anos depois, Shane dá um jeito de ir à enfermaria e revela para ela que não foi o culpado, ele afirma que Tim é o responsável por tudo. Shane conta que foi golpeado por Tim e só acordou com a polícia lhe dando voz de prisão. Ele parece ser sincero e parece estar preocupado com Brooke tão perto de Tim novamente.
Brooke já não tem mais tanta certeza do que aconteceu naquela noite, já não sabe mais em quem confiar. Situações estranhas começam a surgir, o passado se revela diferente, e no meio disso tudo a única certeza de Brooke é que ela vai proteger o filho com a própria vida se for necessário.
Minhas impressões
O Detento é aquele livro que você pensa que já acertou tudo e se engana todas as vezes. Freida McFadden conduz o leitor através de uma trama que mais parece um labirinto e quanto mais tentamos sair dele, mais perdidos ficamos.
Como amante de suspenses, é extremamente gratificante iniciar uma leitura cheia de expectativas e não me decepcionar, pelo contrário, eu não conseguia parar de ler. Mais um livro da autora que me fez passar a noite em claro lendo até chegar ao final.
Eu passei todo o livro tendo um suspeito e teve um momento que eu realmente achei estar certa, estava tudo acontecendo conforme eu desconfiava. Coitada de mim! As reviravoltas finais me deram uma rasteira das grandes. E o epílogo? Nossa, ele foi o auge da ousadia e criatividade da autora. Eu fiquei parada, encarando o livro e pensando: caramba, Freida, você tá bem? Como você pensa essas coisas? É genial e, bom, também é assustador pensar nessa possibilidade que ela entregou. Ao mesmo tempo, não posso deixar de admirar tamanha força e coragem.
Quem gosta de um bom suspense em que nenhum dos personagens é confiável, precisa dar uma chance a esse livro. A verdade vai se desmanchando aos poucos diante de nossos olhos e as surpresas não param. Os capítulos intercalam passado e presente, deixando a leitura ainda mais eletrizante e instigante porque sempre terminam em momentos tensos que nos deixam curiosos.
Nem preciso dizer que foi favoritado, né? Tem só uma parte das revelações todas que eu achei forçada, mas de uma mente perversa que comete tantos assassinatos por motivos fúteis não podemos esperar sanidade.
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